BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a Petrobras ainda tem margem para reduzir os preços dos combustíveis para compensar a reoneração que está sendo feito pelo governo. Ele disse que o País precisa aproveitar o momento em que o petróleo e o dólar caíram e o governo volta a tributar os combustíveis com impostos federais para manter impactos positivos na bomba.
"O aumento (da tributação) previsto para 1º de julho vai ser absorvido por uma queda no preço, que foi deixada para esse dia. Nós não baixamos tudo que podíamos, justamente esperando o 1º de julho, quando acaba o imposto de exportação e o ciclo de reoneração, assim como vai acontecer com o diesel no final do ano, e já deixou uma gordura para acomodar a reoneração", disse.
Em fevereiro, o governo anunciou que voltaria a cobrar impostos federais sobre gasolina e álcool. A reoneração parcial valeria a partir de março, e seria compensada por um imposto sobre exportação de óleo cru, válido por quatro meses. Ao final desse período, no início de julho, o governo precisa decidir se vai promover nova rodada de elevação dos tributos sobre gasolina e álcool ou se encontrará uma fonte compensatória para a arrecadação. Já a desoneração sobre o óleo diesel e gás de cozinha valerá até o final deste ano.
Haddad disse que o governo calibrou a reoneração dos combustíveis com a Petrobras para não onerar o consumidor final. Ele criticou a desoneração promovida pelo governo Bolsonaro, que culminou na renúncia de R$ 60 bilhões aos cofres da União.
"Estamos calibrando a reoneração dos combustíveis com a Petrobras, que está reduzindo o preço na refinaria, sem impacto grande na bomba, para aliviar o consumidor", disse durante sessão conjunta de comissões na Câmara dos Deputados.