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Herdeiro da Coca-Cola é condenado a pagar R$ 5 bilhões por assédio e agressão contra ex-funcionária

Magnata responde por uma série de julgamentos por crimes sexuais

20 jun 2024 - 12h32
(atualizado às 12h41)
Os funcionários relatam que magnata tinha na empresa uma sala conhecida como "sala do estupro".
Os funcionários relatam que magnata tinha na empresa uma sala conhecida como "sala do estupro".
Foto: Getty Images

A Justiça de Los Angeles, nos Estados Unidos, determinou que Alki David, herdeiro de um império de engarrafamento da Coca-Cola, pague US$ 900 milhões — o equivalente, na cotação atual, a R$ 4,9 bilhões – por ter cometido "assédio e agressão sexual grave, incluindo estupro" contra uma ex-funcionária, de 2016 a 2019. 

De acordo com o jornal Los Angeles Times, a vítima é uma ex-modelo que teria ido trabalhar para Alki na Hologram USA, empresa que cria avatares animados em 3D de artistas mortos, incluindo Tupac e Michael Jackson. 

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No processo, a vítima relata que tudo começou com o ex-chefe tentando beijá-la à força durante uma viagem de trabalho à sua ilha particular na Grécia. Na ocasião, ela virou o rosto e recebeu um pedido de desculpas. Ela acabou demitida no mesmo ano.

Em 2018, Alki, de 56 anos, voltou a entrar em contato com a modelo para lhe oferecer um emprego como embaixadora de sua empresa de fabricação de cannabis, a Swiss-X. Após aceitar, ele a levou de volta para um quarto de hotel, onde a convenceu a provar o produto antes de se masturbar e forçá-la a tocar seu pênis.

Um mês depois, a vítima disse ainda ter sido estuprada numa sala durante uma reunião de negócios. Conforme o relato, ela foi chamada em uma pequena sala, onde ele a estuprou. O advogado da mulher, Gary Dordick, classificou os atos de Alki como "desprezíveis".

Relatos colhidos ao longo do processo apontaram ainda que o empresário tinha, na porta do departamento de recursos humanos, uma imagem pornográfica com a palavra "HER-ASS" (traseiro dela, em tradução literal). Os funcionários se referiam a uma sala da sede da Califórnia como "sala do estupro".

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De acordo com o Daily Mail, não é a primeira vez que o empresário responde por crimes do tipo. O magnata já tinha perdido US$ 80 milhões (R$ 435 milhões) numa série de julgamentos por agressões sexuais que remontavam a 2014.

Ex-funcionárias relataram casos em que o chefe abaixava as calças, as agarrava pelo pescoço, pelos seios e pela região pélvica, forçava beijos indesejados, entre outros atos.

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Fonte: Redação Terra
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