O HSBC divulgou uma queda mais forte que o esperado de 17% no lucro anual antes de impostos e cortou sua meta de lucratividade, dizendo que alegações de que seu negócio na Suíça ajudou clientes a cometerem evasão fiscal trouxeram vergonha ao banco.
A divulgação do resultado do maior banco da Europa nesta segunda-feira refletiu o custo de condutas passadas e de se proteger contra o impacto de mais escândalos. O HSBC disse que alegações sobre suas unidade baseada em Genebra, alvo de buscas por parte de autoridades suíças na semana passada e atualmente o objeto de um inquérito no Reino Unido, danificaram muito a imagem do banco.
"Vários de nós, inclusive eu, acreditam que as práticas do private bank no passado são fonte de vergonha e dano reputacional ao HSBC. Acredito que vergonha seria um substantivo adequado para usar", disse o presidente-executivo, Stuart Gulliver, para repórteres.
O próprio Gulliver foi jogado no centro do escândalo no domingo quando o jornal britânico Guardian publicou que ele colocou milhões de libras no private bank suíço do HSBC através de uma companhia do Panamá.
O HSBC teve lucro antes de impostos de US$ 18,7 bilhões em 2014, ante US$ 22,6 bilhões no ano anterior e abaixo da estimativa média de analistas de US$ 21 bilhões, após um impacto de US$ 3,7 bilhões para provisões, multas e acordos com origem em uma série de delitos, incluindo tentativa de manipulação de mercados de câmbio.