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Ibovespa avança com apoio de Ambev e resultado do PIB, mas fiscal ainda preocupa

3 dez 2024 - 18h05
(atualizado às 18h58)

O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, acima dos 126 mil pontos, com Ambev entre os principais suportes positivos, enquanto Vale fechou no vermelho em sessão marcada por evento da mineradora com investidores e divulgação de projeções sobre produção.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,72%, a 126.139,2 pontos, tendo marcado 126,417,2 pontos na máxima e 125.233,45 pontos na mínima do pregão. O volume financeiro somou 21,8 bilhões de reais.

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Investidores também repercutiram nesta sessão dados mostrando que o crescimento do PIB brasileiro desacelerou no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores, dentro do esperado e ainda sugerindo uma economia aquecida, mesmo diante da política monetária contracionista.

A economia cresceu 0,9%, segundo o IBGE, de 1,4% e 1,1%, respectivamente no segundo e no primeiro trimestres --este último em dado revisado de 1,0% informado antes. O resultado do terceiro trimestre ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters com economistas.

Na visão do sócio e advisor da Blue3 Willian Queiroz, os números do PIB corroboraram a trégua na bolsa paulista após uma semana complicada, mas a apreensão com a perspectiva fiscal permanece, assim como cresce a percepção de que o nível atual da Selic pode não estar sendo suficiente para controlar a inflação.

DESTAQUES

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- BRAVA ENERGIA ON saltou 9,05%, endossada pela alta dos preços do petróleo no exterior. Na semana passada, a petroleira anunciou que assinou os principais contratos para a primeira campanha integrada de desenvolvimento em Atlanta e Papa-Terra, com opção de desenvolvimento de Malombe por meio de uma interligação à Peroa (tieback).

- AMBEV ON avançou 4,53%, tendo como pano de fundo relatório de analistas do Bank of America no qual eles afirmaram esperar que a fabricante de bebidas anuncie remuneração a acionistas nas próximas duas a três semanas, de 0,86 real por ação, o que significaria um payout de 91% versus uma média histórica de 82%.

- CAIXA SEGURIDADE ON subiu 4,55%, após analistas do Citi elevarem a recomendação dos papéis do braço de seguros da Caixa Econômica Federal para "compra" e o preço-alvo das ações em 12 meses para 18 reais, citando que é a ação defensiva certa para ter no portfólio, dado o "momentum" forte dos prêmios de hipotecas e índice de perdas controlado, entre outros.

- BRF ON valorizou-se 4,48%, favorecida por relatório de analistas do Itaú BBA, que melhoraram suas previsões para a companhia e aumentaram o preço-alvo das ações para 29 reais no final de 2025, de 19 reais no final de 2024, para incorporar a melhora acentuada nos spreads proporcionada pela oferta global restrita de frango, entre outras razões.

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- HAPVIDA ON avançou 1,5% após anunciar que vai investir 2 bilhões de reais na construção de novos centros médicos até o final de 2026, sendo metade da cifra na cidade de São Paulo e região metropolitana. Segundo a companhia, do total a ser investido, 630 milhões de reais virão de recursos próprios.

- AZUL PN fechou em alta de 2,64%, em sessão marcada por evento da companhia aérea com investidores em Nova York, com a apresentação mostrando estimativa da empresa de uma melhoria de mais de 1 bilhão de reais no fluxo de caixa de 2025. As negociações também tiveram como pano de fundo a estabilização do dólar ante o real, após renovar máximas recentemente.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,12%, após quatro sessões seguidas de queda, quando acumulou baixa de 7,5%. O Itaú anunciou nesta terça-feira a liberação da negociação de bitcoin e ethereum para seus clientes. No setor, BRADESCO PN cedeu 0,36%, BANCO DO BRASIL ON avançou 1,22% e SANTANDER BRASIL UNIT fechou com acréscimo de 2,39%.

- VALE ON perdeu 0,76%, em meio a uma série de divulgações, incluindo previsão de produzir entre 325 milhões e 335 milhões de toneladas de minério de ferro em 2025, ante aproximadamente 328 milhões em 2024, em dia de evento anual da mineradora com investidores em Nova York. Na China, o contrato do minério de ferro mais negociado em Dalian subiu 1,5%.

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- PETROBRAS PN subiu 0,89%, em dia de desempenho robusto dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou com acréscimo de 2,49%. Dados da ANP mostraram nesta terça-feira que a produção total da companhia em outubro recuou para 2,585 milhões de boed, versus 2,91 milhões de boed no mesmo mês do ano passado, queda de 11,2%.

- LWSA ON caiu 2,51%, engatando o quinto pregão seguido de perda e tocando mínimas desde o começo de 2020. Na semana passada, analistas do Citi cortaram a recomendação para as ações de "compra/alto risco" para "neutra/alto risco", afirmando que a desaceleração e a falta de gatilhos podem não ser um bom presságio para os múltiplos ainda elevados no setor.

- GPA ON recuou 2,27%, em dia de queda no setor em meio a preocupações com taxas de juros mais elevadas, ASSAÍ ON perdeu 1,08% e CARREFOUR BRASIL ON, que assinou a venda de oito lojas da bandeira Nacional em Curitiba, fechou o dia em baixa de 0,78%.

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