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Ibovespa cai pelo 6º pregão e passa a acumular queda em 2020

10 jan 2020 - 18h32

O Ibovespa caiu nesta sexta-feira, a sexta queda seguida, dando continuidade ao processo de ajustes nas ações brasileiras após forte valorização no ano passado e passando a ter perda no acumulado de 2020 pela primeira vez.

Operadores de mercado financeiro trabalham durante sessão da B3, em São Paulo. 29/10/2018. REUTERS/Paulo Whitaker
Operadores de mercado financeiro trabalham durante sessão da B3, em São Paulo. 29/10/2018. REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Índice de referência da bolsa paulista, o Ibovespa caiu 0,38%, a 115.503,42 pontos, encerrando a semana com recuo de 1,87%. Em 2020, o desempenho agora é negativo em 0,12%.

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O volume financeiro da sessão somou 19,7 bilhões de reais.

A B3 tem oscilado sem tendência clara neste começo de ano, movimento que agentes de mercado classificam como acomodação, em meio à ausência de catalisadores locais e a preparações para ofertas de ações no curto prazo.

Depois alta de quase 7% em dezembro, o Ibovespa renovou máxima de fechamento no primeiro pregão do ano, a 118.573,10 pontos. Desde então, porém, perdeu fôlego.

A equipe da Verde Asset Management destacou que a alta das ações brasileiras em dezembro refletiu dados positivos de crescimento econômico e um cenário internacional favorável e afirmou acreditar que o crescimento do PIB em 2020 vai surpreender positivamente, dando mais suporte para a bolsa.

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Em relatório, a Verde argumenta que o início do ciclo de crescimento econômico é o melhor momento para as empresas, quando custos fixos são diluídos e elas têm maior facilidade para contratar mão de obra, o que permite a expansão de margens operacionais.

"Ao mesmo tempo, os baixos níveis de juros reduzem as despesas financeiras e fazem com que a margem líquida cresça acima da margem operacional. Ou seja, esperamos que haja muitas companhias com forte crescimento de lucro nos próximos anos."

A sessão desta sexta também teve pauta relevante, com números do mercado de trabalho dos Estados Unidos e de inflação no Brasil. Mas os indicadores, contudo, não desencadearam revisões nas expectativas de analistas para as duas economias.

DESTAQUES

- BRADESCO PN fechou em baixa de 1,82% e ITAÚ UNIBANCO PN recuou 0,89%, conforme o setor bancário segue pressionado devido a profundas transformações regulatórias e concorrenciais. BANCO DO BRASIL ON perdeu 2,35%, tendo ainda de pano de fundo sinalizações da Caixa Econômica Federal para reduzir taxas de juros e facilitar crédito.

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- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuaram 0,43% e 0,4%, respectivamente tendo de pano de fundo a fraqueza nos preços do petróleo no mercado externo.

- GOL PN subiu 1,61%. O BTG Pactual citou que encontro da aérea com investidores na véspera foi altamente favorável à tese de investimento na companhia, que se apoia no forte desempenho operacional, alavancado por sua vantagem de custo superior no mercado doméstico. A equipe do BTG cita que ainda vê vantagens interessantes como a incorporação da Smiles, intensificação do negócios de cargas e melhoria nas viagens de lazer e expansão de rotas regionais.

- WEG ON subiu 2,04%, após duas quedas seguidas, período em que acumulou declínio de mais de 5%.

- VALE ON cedeu 0,11%, descolando do tom positivo também no setor de mineração e siderurgia na Europa. Já CSN ON e GERDAU PN avançaram 1,14% e 1,36%, respectivamente. USIMINAS PNA cedeu 2,04%.

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