O Ibovespa abriu a sessão desta sexta-feira (09) em alta, mas virou para o negativo ao longo da manhã, após o início de sessão misto nos Estados Unidos. O índice fechou em queda de 0,15%, aos 128.025 pontos, e acumula leve alta na semana de 0,66%.
O mercado repercute o volume de serviços prestados no País, que cresceu menos que o esperado em dezembro, na margem, e caiu mais do que o previsto na comparação interanual.
Os investidores ficam atentos também ao ambiente político, as relações entre Congresso e Executivo após a operação da Polícia Federal que mira o ex-presidente Jair Bolsonaro e o seu partido, o PL, que tem a maior bancada na Câmara.
Além disso, os mais recentes balanços, como o do Banco do Brasil (BBAS3), Raízen (RAIZ4) e Usiminas (USIM5) também repercutem no Ibovespa hoje.
O petróleo, que subia pouco menos de 0,50% pela manhã, ampliou o viés altista neste início de tarde, enquanto a Petrobras opera mista: Petrobras ON (PETR3) cai 0,37% a R$ 43,07 e Petrobras PN (PETR4) sobe 0,12% a R$ 41,92.
A Vale (VALE3) cai 0,45% a R$ 65,91, após o minério de ferro ter apresentado desempenho misto nesta madrugada, na China. Os mercados acionários por lá, no entanto, não operaram nesta sexta, em função do feriado lunar.
A maior alta do Ibovespa é de MRV (MRVE3), +5,22% a R$ 7,03, seguida por Alpargatas (ALPA4), +4,11% a R$ 8,36 e Rumo (RAIL3), +3,35% a R$ 24,33.
Na ponta negativa, destaque para Multiplan (MULT3), -3,41% a R$ 26,32. Na sequência aparecem 3R Petroleum (RRRP3), -2,39% a R$ 28,61 e Banco do Brasil (BBAS3), -2,36% a R$ 57,17.
Mercado em NY
As bolsas em NY abriram a sessão desta sexta em direção mista, após o índice de preços ao consumidor, o CPI de dezembro, ter sido revisado de alta de 0,30% para avanço de 0,20%.
Confira o desempenho dos índices no fechamento:
- Dow Jones: +0,14% a 38.671 pontos
- S&P500: +0,57% a 5.026 pontos
- Nasdaq: +1,25% a 15.990 pontos
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Cotação do dólar
A cotação do dólar hoje fechou com queda de 0,67% a R$ 4,9613.
Segundo operadores, o mercado de câmbio se ajusta à queda do dólar em relação a algumas divisas emergentes e ligadas a commodities pares do real, como peso mexicano.
No radar dos investidores
Em dia de agenda esvaziada, os investidores da bolsa brasileira devem repercutir alguns balanços reportados entre a noite de ontem e a manhã de hoje. Banco do Brasil (BBAS3), Raízen (RAIZ4) e Usiminas (USIM5) foram algumas empresas que reportaram seus resultados. Além disso, a Petrobras (PETR4) divulgou dados de produção do quarto trimestre.
Bolsas asiáticas: com China fechada, Japão é destaque
As bolsas asiáticas encerraram os negócios desta sexta-feira (09) em alta marginal, acompanhando leves ganhos em Wall Street, em meio a feriados que mantiveram os mercados fechados em várias partes da Ásia.
Na China continental, assim como em Hong Kong, Taiwan e Coreia do Sul, os mercados não operaram hoje devido a feriados de ano novo.
Já o índice japonês Nikkei subiu 0,09% em Tóquio, a 36.897,42 pontos, nova máxima em 34 anos, sustentado por ações de empresas que divulgaram balanços positivos, caso de Daifuku (+13%) e SoftBank Group (+8,7%). Ao longo da semana, o Nikkei acumulou alta de 1,31%.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo terceiro pregão seguido, com ganhos liderados pelo setor de tecnologia. O S&P/ASX 200 avançou 0,07% em Sydney, a 7.644,80 pontos. Na semana, porém, o índice registrou perda de 0,71%.
O contido apetite por risco na região da Ásia e do Pacífico veio após as bolsas de Nova York subirem levemente ontem, com novos recordes de fechamento do Dow Jones e do S&P 500.
Europa opera em queda
As bolsas europeias caem nesta sexta-feira, buscando direção após dados da inflação alemã e em meio a incertezas sobre a trajetória dos juros na região e também nos EUA.
Confira o desempenho dos índices por volta do meio-dia:
- Londres (FTSE100): -0,26% a 7.575 pontos
- Frankfurt (DAX): -0,39% a 16.898 pontos
- Paris (CAC 40): -0,41% a 7.634 pontos
- Madrid (Ibex 35): -0,34% a 9.871 pontos
- Europa (Stoxx 50): -0,13% a 4.704 pontos
Mais cedo, pesquisa do Destatis confirmou que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da Alemanha desacelerou significativamente em janeiro, fator que aumenta a probabilidade de um corte de juros na zona do euro mais adiante.
Nos últimos dias, autoridades do Banco Central Europeu (BCE) demonstraram cautela em relação ao comportamento da inflação no bloco, sinalizando que é preciso aguardar mais antes começar a reduzir juros.
A mesma dúvida persiste em relação à política monetária dos EUA. Segundo monitoramento do CME Group, há chance apenas ligeiramente maior de 50% de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anuncie seu primeiro corte de juros em maio. Lá também, dirigentes dizem que é preciso acompanhar mais dados de inflação antes de se considerar um eventual relaxamento do aperto monetário.
A agenda de hoje prevê discursos do dirigente do BCE Piero Cipollone e da presidente da distrital do Fed em Dallas, Lorie Logan.
*Com informações de Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
Ibovespa na quinta-feira
O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (08) em queda de 1,33%, aos 128.216,92 pontos.
