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Ibovespa fecha na máxima em 19 meses com apostas eleitorais

Giro financeiro da sessão somou R$ 10,8 bilhões

27 ago 2014 - 18h03
<p>Em agosto, até dia 25, o saldo externo na Bovespa foi positivo em R$ 1,6 bilhão</p>
Em agosto, até dia 25, o saldo externo na Bovespa foi positivo em R$ 1,6 bilhão
Foto: Getty Images

O principal índice da Bovespa não sustentou os 61 mil pontos após os ajustes, mas fechou com pontuação máxima em 19 meses nesta quarta-feira, após pesquisas reforçarem um quadro mais difícil de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), com agentes também analisando o primeiro debate entre candidatos.

O Ibovespa subiu 1,89%, a 60.950 pontos. Na maior pontuação da jornada, de 61.246 pontos, o índice alcançou o maior nível intradia também desde o final de janeiro de 2013. O giro financeiro da sessão somou R$ 10,8 bilhões.

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Há uma forte presença de estrangeiros na bolsa corroborando o rali, em meio ao ambiente de ampla liquidez externa, mas a avaliação de agentes financeiros é de que o cenário eleitoral está amplificando o movimento. "Se não fosse a eleição, a bolsa não estaria nessa toada toda. O fundamento de Brasil é muito ruim. A eleição está trazendo a possibilidade de mudança em vários aspectos nesse sentido", disse um gestor, que preferiu não ser identificado.

Os estrangeiros estavam comprados em 100.386 contratos em aberto de Ibovespa futuro na terça-feira. Em agosto, até dia 25, o saldo externo na Bovespa foi positivo em R$ 1,6 bilhão. No calendário eleitoral, a candidata do PSB à Presidência confirmou força na pesquisa Ibope da véspera ao se aproximar da líder Dilma Rousseff no primeiro turno e vencendo a petista na segunda rodada com folga. O movimento confirmado em levantamento CNT/MDA nesta quarta-feira.

No primeiro debate na TV entre os presidenciáveis, na véspera, Marina prometeu governar unindo o país em contraposição à polarização PT X PSDB, enquanto o tucano Aécio Neves se apresentou como mudança segura e a presidente Dilma defendeu as realizações de seu governo.

Nesta noite, Marina volta ao radar em entrevista ao Jornal Nacional.

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As ações da Petrobras reagiram com alta às novidades. "Os investidores estão antecipando potenciais mudanças na governança da companhia se um novo governo assumir", escreveu o analista Luiz Carvalho, do HSBC, em nota a clientes. Os papéis de Eletrobras e Banco do Brasil também avançaram.

Petrobras e Eletrobras aceleraram os ganhos no final da sessão, em paralelo a comentários do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, de que o Banco Central em um eventual governo tucano será efetivamente independente, sendo secundário se isso ocorrerá por meio de lei ou não.

Em nota a clientes, o Itaú BBA ainda atrelou a valorização de Cosan ao desempenho de Marina nas pesquisas, em razão de expectativas relacionadas ao preço do etanol, mas também ao corte de projeções da safra pela Unica.

À margem da cena eleitoral, o setor de telecomunicações destacou-se na Bovespa após a Oi contratar o BTG Pactual para viabilizar proposta para compra da fatia detida indiretamente pela Telecom Italia na TIM Participações.

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