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Ibovespa firma-se em alta após acordo sobre pacote de US$2 tri nos EUA

25 mar 2020 - 12h06
(atualizado às 12h49)

O Ibovespa engatava o segundo pregão consecutivo de alta nesta quarta-feira, com as ações de companhias aéreas entre os maiores ganhos, após acordo nos Estados Unidos para um pacote econômico de 2 trilhões de dólares em resposta à pandemia do Covid-19.

Painel na B3, a bolsa de valores de São Paulo 
25/07/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Painel na B3, a bolsa de valores de São Paulo 25/07/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Às 12:02, o Ibovespa subia 3,32%, a 72.047,59 pontos. Na terça-feira, o Ibovespa subiu 9,69%, a 69.729,30 pontos.

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O Ibovespa não fecha em alta por dois pregões consecutivos desde a virada de fevereiro para março.

Senadores e autoridades do governo dos EUA chegaram a um acordo sobre um pacote de estímulos econômicos, que deve ser votado pelo Senado mais tarde nesta quarta-feira e depois pela Câmara dos Deputados.

Tal desfecho foi em parte antecipado pelos mercados na terça-feira, quando o Dow Jones teve a maior alta percentual diária desde 1933. Nesta sessão, o Dow subia 1,6%, mas o S&P 500 tinha queda de 0,24%.

Apesar da repercussão positiva, agentes financeiros não descartam manutenção da volatilidade, uma vez que permanecem dúvidas sobre o efeito total da pandemia nas economias, bem como faltam evidências de melhora no ritmo de contágio do vírus.

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Analistas da corretora Mirae Asset observaram que a propagação da doença no mundo continua em evolução, bem como o isolamento de pessoas e países, conforme nota a clientes.

Eles citam que, apesar da artilharia pesada dos BCs, há questionamentos por alguns políticos e empresários sobre o tempo desta paralisação da economia em cada país, em meio ao temor de eventuais sequelas irreparáveis para empresas e empregos.

"Será importante entender qual o período de segurança entre saúde da população e da economia. Este será o novo desafio do cenário que está se formando e será munição para confrontos na política em diferentes países e aqui não será diferente."

No Brasil, o número de mortes em decorrência do novo coronavírus avançou para 46 na terça-feira, aumento de 12 óbitos ante a véspera, informou o Ministério da Saúde. Os casos confirmados atingiram 2.201, de 1.891 até a segunda-feira.

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A pandemia do Covid-19 já infectou mais de 420 mil pessoas em todo o mundo e matou quase 19 mil. Veja gráfico em: https://graphics.reuters.com/CHINA-HEALTH-MAP/0100B59S39E/index.html

DESTAQUES

- GOL PN e AZUL PN subiam 16,7% e 13,9%, respectivamente, em nova sessão se recuperação após anunciarem uma série de medidas em resposta ao Covid-19, incluindo cortes drásticos na oferta de voos. Ainda no setor de viagens, CVC BRASIL ON valorizava-se 4,7%.

- ULTRAPAR ON caía 4,8%, na esteira de perspectivas de redução no ritmo da atividade econômica do país e menor consumo de combustíveis, em razão das restrições decorrentes das medidas contra o coronavírus.

- PETROBRAS PN subia 0,9%, conforme os preços do petróleo também recuavam no mercado externo, também afetado pela queda na demanda por combustíveis devido à disseminação do coronavírus.

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- VALE ON avançava 3,8%. Os futuros do minério de ferro na China subiram mais de 5%, maior alta desde julho de 2019, por preocupações sobre a oferta à medida que mais países determinam quarentenas para conter o coronavírus, incluindo importantes produtores da matéria-prima como o Brasil.

- BANCO DO BRASIL ON avançava 3,3%, em nova sessão positiva para os grandes bancos de varejo do Ibovespa, com ITAÚ UNIBANCO PN em alta de 0,6% e BRADESCO PN subindo 2,4% e SANTANDER BRASIL UNIT ganhando 3,3%.

- USIMINAS PNA valorizava-se 8,2%, após a Justiça de Minas Gerais homologar acordo da siderúrgica com o fundo de previdência dos funcionários da companhia, que terá de devolver à siderúrgica 393,9 milhões de reais em até 30 dias, contados a partir da véspera.

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