O Ibovespa oscilava pouco nesta quinta-feira, com a temporada de balanços trazendo os resultados de Bradesco e Ambev, enquanto permanece a expectativa para o anúncio de medidas fiscais pelo governo federal.
Indicadores econômicos dos Estados Unidos também ocupavam as atenções de agentes financeiros, com destaque para o índice de preços para gastos com consumo pessoa (PCE, na sigla em inglês) de outubro e pedidos semanais de auxílio-desemprego.
Por vola de 11h40, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação negativa de 0,18%, a 130.405,05 pontos. O volume financeiro somava 5,33 bilhões de reais.
De acordo com o analista técnico Gilberto Coelho, da XP, o Ibovespa fechou na segunda leve queda seguida e um pouco abaixo da média de 21 dias, trazendo sinal de baixa no curto prazo.
"Uma perda dos 130.000 favorecerá teste de suportes nos 128.400 ou 123.000. O sinal de alta seria retomado com um
fechamento acima dos 132.000 projetando dos 135.000 a 137.500 em teste de topo", afirmou em relatório enviado a clientes.
No exterior, o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA avançava a 4,3166%, de 4,264% na quarta-feira, em meio a dados sólidos sobre a economia norte-americana, na véspera da divulgação de dados do mercado de trabalho daquele país,
Em Wall Street, o penúltimo pregão da semana mostrava os principais índices acionários em queda, também afetados por alertas da Meta e da Microsoft sobre o aumento dos custos de inteligência artificial.
DESTAQUES
- BRADESCO PN recuava 2,86%, mesmo após reportar lucro líquido recorrente de 5,2 bilhões de reais no terceiro trimestre, alta de 13,1% ano a ano, com recuo em provisões e aumento na rentabilidade. O CEO afirmou que a inadimplência no banco seguirá caindo, mas deve reduzir o ritmo, destacando que o risco de crédito do Bradesco está bastante controlado.
- HYPERA ON perdia 4,52%, após o grupo NS, controlador da rival EMS, retirar a proposta de combinação de negócios com a companhia. O conselho de administração da Hypera avaliou na semana passada que a oferta da EMS subestimava o valor da empresa e a rejeitou por unanimidade sem iniciar discussões com a rival.
- BRF ON valorizava-se 4,16%, tendo no radar anúncio em conjunto com a Halal Products Development Company (HPDC) de um investimento na Addoha Poultry Company para impulsionar o mercado de frangos halal no Oriente Médio. A transação tem o valor equivalentes a 84,3 milhões de dólares. MARFRIG ON, principal acionistas da BRF, subia 3,11%.
- VALE ON cedia 0,64%, acompanhando a fraqueza dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas em queda de 0,38%, a 781,5 iuanes (109,75 dólares) a tonelada métrica, depois de atingir uma máxima intradiária de 789,5 iuanes a tonelada no início da sessão.
- PETROBRAS PN mostrava variação positiva de 0,08%, mesmo com o petróleo avançando cerca de 1% no exterior, no caso do barril de Brent, usado como referência pela estatal brasileira.
- AMBEV ON recuava 0,93%, após mostrar lucro líquido ajustado de 3,58 bilhões de reais no terceiro trimestre, queda de 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado, em resultado afetado em parte por aumento de despesas de imposto de renda no Brasil. A receita líquida, porém, teve crescimento orgânico de 4,9%, para 22 bilhões de reais.