A mais recente pesquisa realizada pela XP Investimentos com seus assessores e escritórios autônomos filiados revelou uma leve melhora no sentimento em relação ao Ibovespa.
O levantamento, que contou com 337 respostas, indica mudanças na percepção e no comportamento dos clientes em relação à renda variável e outros investimentos.
A parcela de clientes planejando aumentar a exposição à renda variável cresceu 7 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mês anterior, atingindo 18%.
Já o número daqueles que desejam reduzir essa exposição caiu para 30% (-10 p.p.). A maioria, 53%, prefere manter a alocação inalterada.
A avaliação média dos investidores sobre o mercado de ações subiu marginalmente para 5,0 (em uma escala de 0 a 10), frente a 4,9 no mês anterior.
Apesar disso, o otimismo dos clientes da XP ainda é moderado, com 28% dos participantes da pesquisa atribuindo notas 7 ou superiores para o Ibov, um avanço de 5 p.p.
A renda fixa segue como a classe de ativos mais atrativa para os clientes, com 82% deles demonstrando interesse, embora isso represente uma queda de 3 p.p. em relação a dezembro.
Fundos de renda fixa também registraram queda no interesse, com 56% (-4 p.p.). Os investimentos internacionais têm 54% da preferência dos clientes, enquanto ações permanecem estáveis em 18%.
A principal fonte de incerteza dos investidores segue sendo a questão fiscal, ainda que o número de pessoas que citaram esse tema tenha caído para 61% (-4 p.p.). Juros domésticos mais altos e instabilidade política também foram elencadas como preocupações.
A média das projeções para o Ibovespa apontou 125 mil pontos ao final de 2025, um crescimento tímido em relação ao patamar atual, próximo de 120 mil pontos. Segundo a pesquisa, sso reflete as preocupações dos investidores com o cenário macroeconômico, especialmente o impacto do aumento do custo de vida e da inflação.