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Ibovespa quebra série de quedas e avança 7% na semana

Na Bovespa, as ações da Petrobras se beneficiaram do desempenho do petróleo, com as ações preferenciais subindo 5,06%

20 mar 2015 - 18h14

A Bovespa fechou a sexta-feira (20) na máxima em mais de três meses, acompanhando o momento positivo nos mercados acionários no exterior e quebrando uma sequência de três semanas de perdas, com as chamadas ações "blue chips" (as mais valiosas da bolsa) guiando os ganhos.

<p>O noticiário corporativo local também ecoou no pregão, com Estácio disparando 12,47% após resultado trimestral forte e previsões para 2015</p>
O noticiário corporativo local também ecoou no pregão, com Estácio disparando 12,47% após resultado trimestral forte e previsões para 2015
Foto: Shutterstock

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O índice da bolsa paulista, o Ibovespa avançou 1,99%, a 51.966 pontos, maior patamar desde 5 de dezembro de 2014. O volume financeiro somou R$ 8,5 bilhões. Na semana, o índice acumulou alta de 7%, a primeira semana a fechar no azul desde 20 de fevereiro.

O noticiário corporativo local também ecoou no pregão, com Estácio disparando 12,47% após resultado trimestral forte e previsões para 2015, além de aventar chance de fusões e aquisições com as mudanças no Fies.

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Impacto em Wall Street

Em Wall Street, o balanço da Nike e novo avanço do setor de biotecnologia, assim como a nova trégua na alta do dólar, sustentaram ganhos do S&P 500, em semana na qual o Federal Reserve seguiu cauteloso sobre juros.

"O Fed foi marginalmente mais acomodatício que o esperado, especialmente por conta das suas projeções e isso sem dúvida ajudou os mercados", destacou o economista Samuel Kinoshita, sócio na MVP Capital Gestão de Recursos.

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"Uma coisa que será decisiva nas próximas 12 semanas que nos separam da reunião de 15 de junho (para quando muitos aguardam um possível aumento de juros pelo Fed) é como os salários se comportarão", alertou o profissional.

Além de abrandar preocupações sobre o efeito da recente valorização nos lucros das empresas, o alívio no fortalecimento da moeda americana ajudou na recuperação dos preços do petróleo.

O Ibovespa avançou 1,99%, a 51.966 pontos, maior patamar desde 5 de dezembro de 2014
Foto: Getty Images
Sobe e desce da Bovespa

Na Bovespa, as ações da Petrobras se beneficiaram do desempenho da commodity, com as preferenciais subindo 5,06%, enquanto as ordinárias avançaram 5,41%, mesmo após dados mostrarem queda na produção da estatal em fevereiro.

A expectativa um pouco mais positiva para a divulgação do balanço da Petrobras foi um dos pontos citados por Kinoshita para o desempenho do Ibovespa na semana, além percepção de alguma acomodação do noticiário relacionado à política nacional.

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O bom humor nesta sexta-feira também sustentou os bancos privados Itaú Unibanco e Bradesco, que detêm relevante participação no Ibovespa e se beneficiaram, além de estarem entre os papéis preferidos.

A Vale avançou forte e corroborou o avanço nesta sexta-feira, após dados mostrarem aumento na produção de aço na China

E a JBS reforçou o tom benigno, apesar do alívio na alta do dólar frente ao real, que tem ajudado a ação. O Bradesco BBI retomou a cobertura do papel, com recomendação "outperform" e preço-alvo de R$ 16,50.

A variação do Ibovespa em dólar, aliás, tem sido citada como uma das justificativas para o avanço nesta semana, uma vez que estaria atrativa aos estrangeiros. Mesmo com a alta nesta semana, o índice ainda acumula declínio de cerca de 14,5% este ano.

"Muitos têm me perguntado se a bolsa já está barata em dólares, atraindo investidores estrangeiros", disse Kinoshita. "É possível que já atraia algum interesse, mas me parece que uma melhora significativa precisa de uma boa limpada em alguns dos diversos riscos relacionados ao Brasil", ponderou.

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