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Ibovespa sobe 0,5% após cinco baixas consecutivas

Pesquisas eleitorais seguem no radar da bolsa

24 set 2014 - 18h12
Homem observa painéis eletrônicos na Bovespa, em São Paulo (foto arquivo).
Homem observa painéis eletrônicos na Bovespa, em São Paulo (foto arquivo).
Foto: Nacho Doce / Reuters

O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta quarta-feira, com a ampliação dos ganhos em Wall Street e de ações de varejo, em sessão também marcada por repercussão de pesquisas eleitorais e nova alta dos papéis da mineradora Vale.

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O Ibovespa interrompeu uma sequência de cinco baixas e fechou em alta de 0,5 por cento, a 56.824 pontos, após gravitar entre a mínima de 55.933 e a máxima de 57.130 pontos.

O volume financeiro do pregão somou 6,2 bilhões de reais, abaixo da média diária de setembro, de 8,6 bilhões de reais.

"Acabamos acompanhando Nova York, mas foi um movimento sem fundamento", disse Frederico Ferreira Lukaisus, gerente de renda variável na Fator Corretora.

Os índices de ações norte-americanos tiveram forte alta, com o Standard & Poor's 500 interrompendo uma sequência de três quedas e ficando acima de sua média de 14 dias, nível técnico importante que indica melhora no curto prazo.

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Na visão do gestor de recursos Joaquim Kokudai, da Effectus Investimentos, também não havia razão para o Ibovespa piorar mais, uma vez que a pesquisa Ibope manteve a indicação de empate técnico na simulação de segundo turno entre a presidente Dilma Rousseff e a candidata Marina Silva (PSB), ante temores de que Dilma passasse Marina.

"Desde que Marina entrou na disputa, o Ibope mudou pouco... O mercado é que anda sensível", ponderou.

Pesquisa Ibope mostrou Dilma oscilando de 40 para 41 por cento no segundo turno e empatando com Marina, que caiu de 43 para 41 por cento.

No levantamento do Vox Populi, também conhecido na terça-feira, a simulação de segundo turno mostrou que Dilma subiu a 46 por cento (tinha 41 por cento), enquanto Marina recuou a 39 por cento (ante 42 por cento).

"A impressão é de que o mercado ignorou a pesquisa do Vox Populi", disse o gestor de uma administradora de recursos no Rio de Janeiro, que preferiu não ter o nome citado.

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Em setembro, o Ibovespa acumula declínio de 7,3 por cento até o fechamento desta quarta-feira.

O foco agora volta-se para pesquisa Datafolha prevista para os próximos dias. Um novo levantamento do Vox Populi pode ser conhecido na quinta-feira.

Petrobras, que costuma reagir a especulações eleitorais, recuperou-se nesta sessão, embora ainda acumulem em setembro queda ao redor de 12 por cento. Itaú Unibanco e Bradesco também subiram.

Papel por papel

Banco do Brasil caiu após reportagem do jornal Valor Econômico de que o Fundo Soberano do país pode ter de vender ações do BB para ajudar o Tesouro Nacional.

"Nós entendemos a notícia como marginalmente negativa para o BB, embora neste momento não é possível concluir que a venda será realizada no mercado aberto. Acreditamos que a opção mais provável seria o governo vender as ações ao BNDES, que não causaria qualquer pressão sobre as ações", disse o Credit Suisse em nota a clientes.

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Vale também fechou no azul.

Ações de varejo assumiram a dianteira do Ibovespa no final da sessão, após relatórios sobre o setor. O Credit Suisse afirmou que Lojas Renner deve continuar a entregar bons resultados e ganhar fatia de mercado, apesar do ambiente macroeconômico mais adverso.

O Deutsche Bank, após encontro com executivos da Natura e Hypermarcas, disse esperar que o crescimento do mercado chegará a taxas de quase 10 por cento, uma vez que a atividade econômica desacelerou.

Na ponta negativa, figuraram ações de papel e celulose Fibria e Suzano, entre outras exportadoras, em sessão de queda do dólar frente ao real, após o Banco Central mostrar desconforto com a moeda alcançando 2,40 reais ao elevar a oferta de swaps cambiais para rolagem de contratos.

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