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Ibovespa sobe com setor financeiro, mas sem fôlego para alcançar 98 mil pontos

24 set 2020 - 17h50

O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, apoiado no avanço do setor financeiro, com B3 subindo 5,5%, mas sem fôlego para alcançar os 98 mil pontos dada a volatilidade em Wall Street e preocupações contínuas com o ambiente fiscal brasileiro.

Estátuas do touro e do urso, símbolos de mercado acionário em alta e em baixa. 12/2/2019.  REUTERS/Kai Pfaffenbach
Estátuas do touro e do urso, símbolos de mercado acionário em alta e em baixa. 12/2/2019. REUTERS/Kai Pfaffenbach
Foto: Reuters

Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 1,33%, a 97.012,07 pontos. Na máxima, chegou a 97.954,63 pontos. O volume financeiro somou 25,4 bilhões de reais.

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Em Wall Street, o S&P 500 teve alta de 0,3%, no fim de sessão volátil, com um números mostrando um quadro ainda misto sobre a recuperação dos Estados Unidos, enquanto agentes financeiros monitoram negociações para novos estímulos fiscais.

O chair do Federal Reserve e o secretário do Tesouro norte-americano afirmaram nesta quinta-feira que centenas de bilhões de dólares em fundos não utilizados de um pacote de auxílio do coronavírus de 2,3 trilhões de dólares poderiam ser realocados para ajudar famílias e empresas dos EUA.

Na visão do gestor Fernando Siqueira, da Infinity Asset, além de um ajuste técnico, parte da alta doméstica teve respaldo em sinais sobre mais estímulos nos EUA, mas também no tom 'dovish' do Relatório de Inflação do Banco Central brasileiro.

"A curva de juros caiu bastante..o que também foi visto no mercado de ações como uma sinalização positiva, principalmente em setores mais sensíveis a juros, como é o caso das construtoras", afirmou.

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Apesar da recuperação , depois de o Ibovespa fechar na mínima em quase três meses na véspera, persistem os receios sobre a trajetória das contas públicas.

O Bradesco BBI manteve 'overweight' para ações brasileiras em portfólio para a América Latina e estima que o Ibovespa acabe o ano em 107 mil pontos, mas pontuou que, no momento, as ações estão precificando altos riscos políticos e fiscais.

"Políticos irão apoiar a equipe econômica para cumprir o limite de gastos em 2021 e parar de pagar ajuda de emergência antes que a vacina contra Covid-19 chegue? Achamos que sim, mas reconhecemos que precisaremos de alguns meses para garantir uma maior clareza", observou em relatório a clientes.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 2,45% e BRADESCO PN avançou 1,9%, com o setor financeiro amparando a melhora do Ibovespa. B3 ON valorizou-se 5,51%.

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- IRB BRASIL ON fechou com elevação de 12,38%, novamente entre os destaques positivos, um dia após dados operacionais referentes a julho mostrarem melhora na base mensal, embora analistas continuem cautelosos.

- VALE ON encerrou com decréscimo de 0,74%, com o setor de mineração e siderurgia apresentando desempenho mais fraco que o Ibovespa, com destaque para CSN ON, que fechou em queda de 1,8%.

- CVC BRASIL ON avançou 4,65%, tendo no radar divulgação pela operadora de turismo de melhora nas vendas desde o início de julho, bem como saldo de caixa e equivalentes de aproximadamente 1,5 bilhão de reais.

- PETROBRAS PN subiu 0,84%, com o contrato de petróleo Brent fechando quase estável.

- LOCALIZA ON perdeu 1,66%, após forte alta na véspera, na esteira do anúncio de fusão com a Unidas. UNIDAS ON, que não está no Ibovespa, caiu 1,01%.

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