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Ibovespa tem alta discreta com Vale, mas inflação preocupa

24 jan 2025 - 11h29

O Ibovespa mostrava leve valorização nesta sexta-feira, sustentado principalmente pelo avanço de mais de 1% da Vale, enquanto agentes financeiros também repercutiam o IPCA-15 e continuam monitorando os movimentos de Donald Trump no começo de seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos.

Por volta de 11h10, o Ibovespa subia 0,13%, a 122.645,11 pontos. O volume financeiro somava 2,2 bilhões de reais.

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O IPCA-15 aumentou 0,11% em janeiro, influenciado pelos preços de alimentos e bebidas, mostrou o IBGE, contra expectativa de recuo de 0,03%, no momento em que o governo demonstra preocupação com o tema. Em 12 meses, porém, alta ficou em 4,50%, abaixo dos 4,71% no mês anterior.

Na visão da equipe do Departamento de Pesquisa Econômica do Banco Daycoval, em relatório a clientes, o IPCA-15 segue com pressão altista dos alimentos e bens industriais, enquanto a deterioração adicional na composição dos serviços acende o alerta para a condução da política monetária pelo Banco Central.

"Este quadro reforça a expectativa de trajetória de juros mais restritiva por parte do BC. O alívio em energia elétrica pelo bônus de Itaipu não muda o cenário, sobretudo pelo o efeito temporário da medida que será revertido no mês de fevereiro", afirmaram os economistas chefiados por Rafael Cardoso.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está reunido com ministros no Palácio do Planalto nesta sexta-feira para seguir tratando da questão do preço dos alimentos.

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Na véspera, o ministro da Fazenda precisou afirmar que ninguém no governo pensa em usar espaço fiscal para a adoção de medidas para a redução de preços, após notícias sobre eventuais planos preocuparem agentes financeiros quanto ao potencial efeito nocivo nas contas públicas do país.

No exterior, Trump continua no radar e declarações mais amenas, principalmente em relação a questões comerciais, têm corroborado algum alívio, embora ninguém descarte volatilidade ainda em razão da nova administração do republicano.

Tal cenário tem enfraquecido o dólar ante outras moedas, entre elas o real, o que contribui com o alívio nas taxas dos DIs, algo que tende a ser benéfico para as ações, em especial os papéis de empresas sensíveis à economia doméstica, apesar da inflação pior e receios com o fiscal.

DESTAQUES

- VALE ON subia 1,07%, apoiada na alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian fechou o dia com elevação de 0,69%. Pesquisa Reuters também mostrou que a atividade industrial chinesa deve registrar em janeiro expansão pelo quarto mês seguido.

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- MAGAZINE LUIZA ON avançava 4,29%, endossada pelo alívio na curva futura de juros, com o índice do setor de consumo em alta de 0,97%. Ainda no setor de varejo, ASSAÍ ON tinha elevação de 1,94%, PETZ ON valorizava-se 2,82% e LOJAS RENNER ON ganhava 2,62%.

- COGNA ON era negociada em alta de 6,06%, também ajudada pelo movimento nos DIs. A rival YDUQS ON ganhava 2,69%.

- BANCO DO BRASIL ON mostrava decréscimo de 0,04%, em sessão mista no setor, com SANTANDER BRASIL ON subindo 0,45%, mas BRADESCO PN recuando 0,61% e ITAÚ UNIBANCO PN perdendo 0,28%.

- CAIXA SEGURIDADE ON subia 1,52%. Analistas do JPMorgan iniciaram a cobertura da ação com recomendação de compra. No setor, preferem Porto Seguro, que cedia 0,68%, seguida por Caixa Seguridade, BB Seguridade, que perdia 1,26% e IRB(Re), que caía 0,73%.

- SLC AGRÍCOLA ON recuava 1,99%, tendo como pano de fundo a notícia de que Argentina reduzirá temporariamente impostos sobre suas exportações de grãos. Para o BTG Pactual, no curto prazo, a decisão pode exercer alguma pressão em preços, mas o impacto geral deve ser limitado.

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- PETROBRAS PN caía 0,52%, no terceiro pregão seguido no vermelho, mesmo com a alta dos preços do petróleo no exterior nesta sessão. O barril de Brent, usado como referência pela estatal, subia 0,36%.

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