O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) teve alta de 1,97% na primeira prévia de outubro, frente a uma alta de 4,41% no mesmo período do mês anterior, refletindo forte desaceleração nos preços do atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.
Dados mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do IGP-M, saltou 2,45% na primeira leitura de outubro, contra ganho de 6,14% no mesmo período do mês anterior.
A principal colaboração para esse resultado partiu do grupo Matérias-Primas Brutas, que desacelerou a alta a 2,31% em outubro, ante taxa de 11,37% em setembro.
André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV, destacou em nota que commodities de peso, como minério de ferro, milho e café, influenciaram o recuo dos preços ao produtor, "apesar da volatilidade da taxa de câmbio."
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, mostrou maior pressão na primeira prévia de outubro, registrando alta de 0,64%, contra salto anterior de 0,35%.
Entre os componentes do IPC, o destaque veio dos preços de Educação, Leitura e Recreação, que ampliaram seu salto de 0,40%
para 3,03% no primeiro decêndio de outubro, impulsionados pela disparada de 33,57% na inflação das passagens aéreas.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou a alta a 1,26% na primeira prévia deste mês, ante avanço de 0,88% em setembro.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
A primeira prévia do indicador retrata a variação da inflação no primeiro decêndio do mês. Neste caso, a comparação foi entre os preços coletados de 21 a 30 de setembro com aqueles coletados de 21 de agosto a 20 de setembro.