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IGP-M: O que é o índice, como é calculado e qual sua relação com o aluguel

Trata-se de índice de inflação utilizado como referência para a correção de valores, principalmente em contratos de aluguel

27 abr 2023 - 05h00
(atualizado às 10h27)
O IGP-M, que apura informações sobre a variação de preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta
O IGP-M, que apura informações sobre a variação de preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta
Foto: FG Trade/E+ pela Getty Images

Utilizado como referência para a correção de valores, o Índice Geral de Preços do Mercado – popularmente conhecido pela sigla IGP-M – é um dos mais importantes indicadores econômicos utilizados no Brasil que, além de afetar o custo de vida das pessoas, pode impactar os investimentos.

O índice, criado no final dos anos de 1940 e calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), é muito mencionado em contratos de aluguel, mas muita gente tem dúvida sobre como funciona e por que foi criado.

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A dúvida, muito comum para quem não é do mercado financeiro, é porque o índice envolve uma série de fatores para ser calculado que demanda certo conhecimento macroeconômico. Por isso, abaixo listamos algumas dúvidas sobre o IGP-M.

O que é IGP-M?

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP) é um indicador que mede a variação mensal dos preços de um conjunto de bens e serviços utilizados pela população. Ele é considerado uma das principais medidas da inflação brasileira.

Quando foi concebido, o IGP tinha a função de ser uma medida abrangente do movimento de preços, que englobasse não apenas diferentes atividades, como também etapas distintas do processo produtivo.

Nos dias atuais, o índice continua sendo um indicador mensal do nível de atividade econômica do País, englobando seus principais setores. No entanto, ele é mais utilizado como referência para correção de contratos financeiros e imobiliários.

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O IGP possui três versões com coleta de preços encadeada: o IGP-10 (com base nos preços apurados dos dias 11 do mês anterior ao dia 10 do mês da coleta), IGP-DI (de 1 a 30) e o mais popular deles, o IGP-M, que apura informações sobre a variação de preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta.

Como o IGP-M é calculado?

O cálculo do indicador, assim como os outros dois indicadores (IGP-10 e IGP-DI), tem em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil.

Assim, o resultado do IGP-M é a média aritmética ponderada da inflação ao produtor (IPA), consumidor (IPC) e construção civil (INCC).

Os pesos de cada um dos índices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais – resultando na seguinte distribuição:

60% para o IPA;

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30% para o IPC;

10% para o INCC;

Sendo assim, o IPA é o indicador que monitora a variação de preços percebidos por produtores, ao passo que o IPC acompanha o comportamento dos preços que impactam diretamente o consumidor final. O INCC apresenta os custos para a construção civil, em uma análise que leva em conta a variação de preços de materiais de construção e custo de mão de obra especializada.

IGP-M é bastante utilizado como referência para correção de contratos financeiros e imobiliários
Foto: Reprodução/Google Street View / Estadão

IGP-M hoje e IGP-M acumulado

O IGP-M é divulgado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), geralmente no final do mês, com base nos preços coletados no período de um mês anterior. Portanto, o IGP-M é atualizado todo mês, refletindo as variações de preços de diversos setores da economia, tais como agricultura, indústria e serviços.

O IGP-M acumulado é a variação acumulada do índice em um determinado período de tempo. Ele é calculado a partir da soma das variações mensais ao longo desse período.

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Qual a diferença do IGP-M para o IPCA?

Os dois medem a variação de preços de produtos e serviços para o comprador final. A diferença é que o IGP-M é mais abrangente e inclui uma variedade maior de bens e serviços, enquanto o IPCA é mais focado nos gastos das famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos. Em 2022, o IPCA foi de 5,79%. Já o IGP-M ficou em 5,45% no mesmo período.

IPCA para correção de contratos

Também é possível renegociar contratos financeiros e imobiliários com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como um termômetro da inflação no Brasil. O uso do IPCA nesse caso se popularizou durante a pandemia da covid-19, já que refletiu em um reajuste mais baixo.

Quer entender mais sobre reajuste anual de aluguel? Assista ao vídeo:

Reajuste do aluguel: como ele é calculado e como negociar
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Fonte: Redação Terra
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