Haddad diz esperar que Congresso vote reforma da renda com 'mesma diligência' que votou a do consumo

Ministro rebateu críticas de que isenção do IR é medida 'populista' e pediu para que população fique atenta à atuação de seus deputados federais e senadores nas votações no Congresso

7 abr 2025 - 13h10
(atualizado às 14h25)
Haddad diz esperar que Congresso vote reforma da renda com 'mesma diligência' que votou a do consumo
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BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse esperar que o Congresso vote a reforma do Imposto de Renda "com a mesma diligência com que votou a reforma do consumo". Ele falou nesta segunda-feira, 7, na cerimônia de anúncio da expansão da farmacêutica Novo Nordisk, em Montes Claros (MG).

Ele reiterou que a proposta não compromete o equilíbrio das contas públicas, porque ao ampliar a faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, também propõe a tributação da alta renda.

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"A gente espera que o Congresso vote, com a mesma diligência que votou a reforma do consumo, vote na reforma da renda. Todos os trabalhadores brasileiros com carteira assinada, que ganharem até R$ 5 mil, vão ficar 100% isentos do pagamento do Imposto de Renda. Quem ganha de R$ 5 a R$ 7 mil reais, não fica isento, mas paga menos do que paga hoje. É importante salientar que esse projeto não é um projeto que compromete o equilíbrio das contas públicas. Por quê? Porque ele tem um outro componente. Ele vai cobrar daquele que ganha mais de R$ 1 milhão por ano e hoje não paga nada de imposto de renda", explicou.

Respondendo às críticas de que este é um projeto populista, Haddad reiterou que é uma medida equilibrada. Ele pediu aos presentes que fiquem atentos à atuação de seus deputados federais e senadores e às votações que ocorrerão no Congresso, principalmente a do projeto do IR.

Mais cedo, Haddad falou sobre a reforma do consumo, destacando que o País deixará de cobrar imposto sobre investimento e exportações, mas também falando aos trabalhadores, frisando a desoneração da cesta básica. "Ela vai ajudar também o consumidor brasileiro, porque ela vai desonerar produtos essenciais, como é o caso da cesta básica, como é o caso da carne. Então, isso é muito importante também para melhorar o poder de compra do nosso trabalhador, para que o seu salário possa render mais, disse.

O ministro também disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem "um projeto de país em curso" no qual se insere a expansão da empresa, que anunciou investimento de R$ 6,4 bilhões no País.

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"Eu queria falar com vocês sobre uma coisa que às vezes nem sempre a gente tem em mente, que é a gente fala muito em política daquilo que vai acontecer amanhã, daquilo que vai acontecer depois da manhã, e esquece que o presidente Lula tem um projeto de país que está em curso, no qual se insere esse investimento que está sendo anunciado aqui hoje", disse.

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