A reforma do Imposto de Renda está sendo estudada pelo governo, mas é improvável que o projeto seja enviado ao Congresso ainda este ano.
A reforma do Imposto de Renda está sendo estudada pelo governo, mas é difícil que o projeto seja enviado ao Congresso ainda este ano. A perspectiva foi dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do Itaú BBA, nesta segunda-feira, 14.
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O chefe da pasta explicou que a Fazenda, junto a outros ministérios, está analisando todas as frentes possíveis para a reforma, já que, se for isentar o imposto de uns, isso terá que ser balanceado em outros grupos.
"A neutralidade da reforma tem que estar garantida para não haver nenhum risco do ponto de vista fiscal. Para a reforma sair, ela tem que ser neutra. Se não, não passa", afirmou Haddad.
Ele acrescentou que os estudos ainda estão em fase preliminar, e quaisquer documentos que vazem nesse período não são uma versão final do que será enviado ao Congresso.
"Nesse momento nós estamos levantando todas as alternativas técnicas possíveis para apresentar ao Presidente da República e ao conjunto de ministros. Nós estamos levantando o I.R atual. Por exemplo: quanto significa as deduções por rúbrica? Quais são as classes que são favorecidas com essa medida? Isso tem justiça tributária?", disse o ministro.
Haddad complementou que os estudos devem levar mais do que algumas semanas para ficarem prontos e, devido a outras responsabilidades do governo, não há expectativa de que uma proposta seja enviada este ano para o legislativo.
"Nós temos que nos aproximar das boas práticas internacionais, tanto do consumo quanto da renda. E não sei se será possivel fazer esse ano, até porque estamos com o calendario apertado", disse.
Anteriormente, na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também comentou sobre o caso, em entrevista a uma rádio. Na ocasião, Lula reforçou o desejo de que trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês sejam isentos do Imposto de Renda. Mas o petista complementou, "nós temos que tirar de alguém".