O número de empresas que deixaram de pagar dívidas cresceu 12,9% em julho na comparação com junho – maior avanço para um mês desde o início da pesquisa em 2000. Quando comparado com julho do ano passado houve alta de 11,4%. No acumulado do ano, o índice registrou alta (6,9%), de acordo com números divulgados nesta quarta-feira pela Serasa Experian.
Os títulos protestados e os cheques sem fundos foram os principais responsáveis pela alta do indicador em julho, com variações positivas de 39,5% e 23,1% e contribuições de 8,6 pontos percentuais e 3,7 pontos percentuais, respectivamente. As dívidas não bancárias (de cartões de crédito e com financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviço) também apresentaram crescimento de 2,7%, com contribuição de 1,1 ponto percentual.
As dívidas com os bancos tiveram queda de 1,8% e contribuíram para que o índice não subisse ainda mais em julho de 2014.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a Copa do Mundo resultou em muitos feriados e paralisações, especialmente durante a fase da disputa de grupos, e reduziu a base de comparação mensal (junho), o que impulsionou os registros de inadimplência em julho.
“Por outro lado, a estagnação da economia, prejudicando a geração de caixa das empresas, a elevação do custo financeiro tendo em vista os juros mais altos neste ano em relação aos vigentes no ano passado e o avanço dos salários acima do crescimento da produtividade vêm proporcionando maiores dificuldades às empresas para honrar seus compromissos financeiros”, informa a instituição.