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Inadimplência deve seguir controlada em 2025, apesar de alta de juros, vê Bradesco

3 dez 2024 - 15h31
(atualizado às 15h36)

O nível de inadimplência em 2025 deve se manter "relativamente estável", apesar do ciclo de alta de juros, afirmaram executivos do Bradesco nesta terça-feira, citando que os calotes podem até recuar diante das mudanças realizadas nos últimos meses na política de crédito do segundo maior banco privado do país.

O Bradesco, que há cerca de um ano trocou a administração executiva depois que a taxa de inadimplência e nível de provisões para crédito atingiram um auge, voltou a elevar carteira de empréstimos em 2024, mostrando nível de calotes em queda.

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"Eu ainda estou com o cenário prospectivo positivo para o ano que vem...a economia vai balançar, mas no final das contas vai ter equilíbrio", disse o vice-presidente financeiro do Bradesco, Cassiano Scarpelli, em evento de fim de ano com jornalistas nesta terça-feira.

O CFO citou um eventual efeito nocivo de uma taxa de juros muito elevada, principalmente no segmento de pessoa jurídica, mas minimizou potenciais efeitos de uma tributação maior para rendas mais elevadas, apresentada pelo governo federal na semana passada, destacando o juro ainda elevado em algumas aplicações financeiras no país.

"Foi uma carteira (de crédito) muito conservadora, muito boa no último ano mesmo", disse o executivo, citando que se houver um viés para a inadimplência em 2025, ele será "para baixo" pelo trabalho de melhoria da qualidade das carteiras de crédito realizado nos últimos meses.

A expectativa, segundo o executivo, é que o Bradesco siga mostrando uma melhoria nos resultados do banco nos próximos trimestres.

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O executivo também destacou que o Bradesco deve continuar com o ajuste de "footprint" no próximo ano, após reduzir o número de agências em cerca de 1 mil pontos nos primeiros nove meses do ano. "Não sei se vai ser nesse mesmo nível, mas vai ser relevante."

O presidente-executivo do Bradesco, Marcelo Noronha, ainda chamou a atenção para o desempenho do retorno sobre o patrimônio (ROE) do banco, que "vem aumentando tri a tri" e seguirá nessa "trajetória nos próximos trimestres também".

Segundo o presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, apesar do enxugamento na rede de agências, o banco continuará tendo uma "vocação, já de muitas décadas, de ter cobertura nacional".

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