O consumo de energia elétrica no Brasil em maio subiu 1,5%, na comparação anual, puxado pelas residências e o comércio já que a indústria reduziu a demanda em 4,3%.
A queda no consumo de energia da indústria em maio deve-se à redução da produção em alguns setores, como eletrointensivos e voltados ao mercado externo, e aumento da autoprodução de energia, com redução da demanda à rede, informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
"O valor apurado nesse mês é o menor registrado desde 2009 para o consumo de energia das indústrias nos meses de maio. Naquela oportunidade eram fortes os efeitos da crise econômica mundial que eclodira em final de 2008", disse a EPE nesta quarta-feira.
O consumo total de eletricidade do país em maio somou 38.945 gigawatts-hora (GWh), sendo que o crescimento frente a maio de 2013 é o menor registrado neste ano. O segmento residencial manteve a forte trajetória de aumento no consumo de energia dos últimos meses, sendo que a demanda do setor elevou-se em 6% em maio.
Embora detenham apenas 25% do consumo residencial nacional, as regiões Norte e Nordeste responderam por 43% do aumento do consumo de energia pelas famílias em maio, refletindo a incorporação de mais consumidores, entre outros fatores.
O setor comercial teve aumento de 7,3% no consumo de eletricidade em maio, diante da expansão da base de consumidores e maior uso de equipamentos de condicionamento ambiental.
No ano, até maio, o consumo de energia elétrica do Brasil soma 200.332 GWh, aumento de 4,4% ante mesmo período de 2013. A indústria acumula queda de 1% no consumo de energia elétrica de janeiro a maio na comparação com os cinco primeiros meses do ano passado.
