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Indústria tem em setembro 2º maior consumo de eletricidade em 20 anos, diz EPE

Setor liderou novamente a alta do mês, com acréscimo de 5,8% em setembro, enquanto o consumo residencial cresceu 3,9%; e o comercial, 1,5%

31 out 2024 - 17h03

RIO - O consumo de energia elétrica no Brasil atingiu 46.281 gigawatts-hora (GWh) em setembro, alta de 4,1% comparado a setembro de 2023, de acordo com a Resenha Mensal da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A indústria liderou novamente a alta do mês, com taxa de 5,8% em setembro, enquanto o consumo residencial cresceu 3,9% e o comercial, 1,5%.

"A Indústria tem o segundo maior consumo da série histórica desde 2004, perdendo apenas para agosto. Entre os 37 setores monitorados, 28 consumiram mais e a metalurgia liderou", informou o levantamento.

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Entre os dez setores mais eletrointensivos da indústria, nove expandiram, cinco deles acima da média geral
Entre os dez setores mais eletrointensivos da indústria, nove expandiram, cinco deles acima da média geral
Foto: JF Diório/Estadão / Estadão

Entre os dez setores mais eletrointensivos da indústria, nove expandiram o consumo, cinco deles acima da média geral. Destaque para metalurgia (+366 GWh; +9,4%), que respondeu sozinha por quase metade de toda expansão do consumo da indústria no período, com crescimento dividido entre a produção de alumínio e a siderurgia. O setor têxtil, com queda de 0,5%, foi o único que reduziu o consumo de eletricidade em setembro.

O consumo de energia elétrica nas residências foi de 14.217 GWh em setembro, expansão de 3,9% frente ao mesmo mês de 2023. "Embora o consumo residencial tenha crescido, ele tem desacelerado em comparação aos meses anteriores. Temperaturas acima da média, ondas de calor, baixa umidade e falta de chuvas em grande parte do País contribuíram para a ampliação do consumo da classe", avaliou a EPE.

O consumo por região

Todas as regiões registraram taxas positivas de consumo de eletricidade residencial no mês: Norte (+8,0%), Sul (+5,9%), Centro-Oeste (+4,4%), Sudeste e Nordeste (+2,8%, ambos).

Já o consumo de eletricidade da classe comercial ficou em 8.130 GWh em setembro, adição de 1,5% contra setembro de 2023, sendo a menor taxa desde fevereiro de 2023. Com exceção do Centro-Oeste (-4,5%), todas as outras regiões consumiram mais energia elétrica: Norte (+4,6%), Sudeste (+2,3%), Nordeste (+2,2%) e Sul (+0,1%).

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Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre, com 20.223 GWh, respondeu por 43,7% do consumo nacional de energia elétrica em setembro, com crescimento de 11,6% no consumo e de 43,8% no número de consumidores, na comparação com setembro de 2023. Já o mercado regulado, atendido pelas distribuidoras, com 26.058 GWh, respondeu por 56,3% do consumo nacional em setembro, queda de 1,1%. O número de unidades consumidoras aumentou 1,2% no período, apesar da migração de consumidores para o mercado livre. No mercado regulado, o Norte registrou a maior expansão do consumo (+4,1%) e número de consumidores cativos (+3,4%).

No Rio Grande do Sul, Estado atingido em maio por fortes chuvas e inundações históricas, o impacto sobre o consumo de eletricidade tem se atenuado, registrando alta de 4,3% em setembro, contra setembro de 2023, informou a EPE. A alta ficou próxima à registrada por outros Estados da região Sul, o que indica a retomada à normalidade do consumo após a tragédia.

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