A inflação da baixa renda acelerou em março, com avanço de 1,64%, após alta de 0,83% em fevereiro, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
No acumulado de 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) atingiu 8,91%, acima da inflação oficial, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula 8,13% no mesmo período até março. Ambos os resultados ficaram bem acima do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5%.
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Segundo a FGV, o IPC-C1 registra alta de 4,54% no primeiro trimestre deste ano. O indicador mede a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços para famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimas.
O índice foi pressionado, principalmente, pelas tarifas de energia elétrica, que tiveram alta de 21,13% no mês passado.
Metade das classes de despesas teve acréscimo em suas taxas em março. A maior alta foi em habitação (4,14%), cujo grupo inclui as tarifas de energia. Também avançaram os preços de alimentação (1,12%), saúde e cuidados pessoais (0,64%) e educação, leitura e recreação (0,52%).
Por outro lado, avançaram com menos força no mês passado as taxas de transportes (0,72%) e despesas diversas (0,56%). Já os grupos comunicação e vestuário tiveram queda de 0,44% e 0,27%, respectivamente.
Conjunto da população
O resultado da inflação da baixa renda em março foi superior ao do índice que calcula a alta dos preços para o conjunto da população. No mês passado, o Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR) variou 1,41%, acumulando uma alta de 8,59% nos últimos 12 meses.