O fim do Preço de Paridade Internacional (PPI) e o anúncio redução dos preços dos combustíveis pela Petrobras apontam para uma desaceleração nos meses de maio e junho do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País.
Nesta terça-feira, 16, a estatal brasileira pôs fim à paridade de importação e anunciou a queda de 12,6% no preço da gasolina, 12,8% do diesel e 21,3% no gás de cozinha (GLP). Essas medidas farão com que a inflação de maio e junho desacelere em torno de 0,30%.
Segundo o coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, a gasolina compromete 5% do orçamento familiar, o GLP, que teve a maior redução, 1,3%, e o diesel, 0,3% - este último, no entanto, o efeito sobre a inflação não será imediato.
"São três movimentos importantes que devem influenciar na redução da inflação do país. As mudanças começam a valer a partir desta quarta-feira, 17. Sendo assim, o efeito deve ser dividido em maio e junho, com quedas seguidas de 0,30% nos dois meses”, explica Braz.
O especialista afirma, no entanto, que em julho deve ter um novo aumento da gasolina pelo nivelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Esse aumento pode ser de 10% a 12%. “Até lá teremos uma pequena trégua”, disse o analista.
IPCA abril
Na semana passada o IBGE divulgou a inflação do mês passado. O IPCA registrou em abril alta de 0,61%, após subir 0,71% em março e 0,84% em fevereiro. Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 4,18%. No ano, a inflação acumulada é de 2,72%. Para o fim do ano, a inflação deve ser em torno de 6,2%.