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Inflação deve ir à meta no fim de 2016, diz diretor do BC

Luiz Awazu também afirmou que política monetária deve se manter "vigilante"

15 mai 2015 - 17h26
Diretor do BC vê sinais de moderação na alta dos preços
Diretor do BC vê sinais de moderação na alta dos preços
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, disse nesta sexta-feira que o cenário de convergência da inflação para a meta no fim de 2016 tem se fortalecido, mas ressaltou que ainda há um quadro desafiador do lado da confiança na economia.

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Ao participar da divulgação do Boletim Regional do BC em São Paulo, Awazu destacou que já é possível observar alguns sinais de moderação nos preços livres, apontando por outro lado que os avanços alcançados no combate à inflação até o momento ainda não se mostraram suficientes.

"Nesse contexto, o Copom reafirma que a política monetária deve manter-se vigilante", disse, repetindo as palavras usadas pelo BC na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, que levou o mercado a apostar na continuidade do aperto monetário após o BC elevar a Selic em 0,5 ponto percentual, a 13,25% ao ano.

Diante da sinalização do BC, economistas de instituições financeiras reduziram a expectativa para a inflação no fim de 2016, para 5,51%, ante projeção de 5,60% na semana anterior, de acordo com o relatório Focus.

Para este ano, em contrapartida, a estimativa para o IPCA foi ajustada para cima, a 8,29% contra 8,26%, num momento em que o avanço de preços na economia segue influenciado pelo ajuste de preços administrados e pela valorização do dólar.

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"Houve um impacto desse ajuste de preços relativos sobre o IPCA, nomeadamente o IPCA de preços administrados, e temos observado já algum efeito de redução de moderação a nível de preços livres" afirmou Awazu na sexta-feira.

A inflação mensal ficou pela primeira vez no ano abaixo de 1% em abril, mas chegou a 8,17% em 12 meses, bem acima da meta de 4,5% com margem de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Awazu pontuou que 2015 é ano de transição, com perspectivas de baixo crescimento econômico.

"Haverá processo de melhora da confiança na segunda metade de 2015", acrescentou.

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