O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta a 0,76% em janeiro, após subir 0,62% em dezembro, devido ao forte avanço dos preços no varejo pressionados principalmente por Alimentação e eletricidade.
O indicador fechou 2014 com alta de 3,69%, menor variação desde 2009, quando houve queda de 1,72%.
O resultado de janeiro ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters, cuja mediana apontava alta mensal de 0,63%.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta quinta-feira que o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30% no IGP-M, avançou 1,35% neste mês, contra 0,76% em dezembro.
O destaque ficou para a alta de 1,66% do grupo Alimentação, contra 0,85% em dezembro. Somente o item hortaliças e legumes registrou avanço nos preços de 13,68% em janeiro, sobre 5,59% no mês anterior.
Também pressionou a alta de 1,59% do grupo Habitação após 0,79$ em dezembro, com destaque para o avanço de 7,29% nas tarifas de eletricidade residencial, após alta de 3,33% no mês anterior.
Já o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, registrou alta de 0,56% em janeiro, após avanço de 0,63% no mês anterior.
A FGV informou ainda que o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,70% em janeiro, contra alta de 0,25% em dezembro.
A inflação no País permanece pressionada neste início de ano devido ao reajuste de preços administrados, destacadamente energia elétrica e transportes.
E diante dos recentes anúncios de medidas fiscais pela nova equipe econômica, a pressão inflacionária não deve dar alívio em breve, com as expectativas já chegando a alta de 7% para o IPCA neste ano.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.