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Inflação oficial fecha 2014 dentro da meta, com alta de 6,4%

No primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, a inflação brasileira somou 27,03%, com alta anual média de 6,17%

9 jan 2015 - 09h15
(atualizado às 15h08)
<p>IPCA em 2014 ficou abaixo do teto da meta do BC, mas avançou em relação ao registrado em 2013</p>
IPCA em 2014 ficou abaixo do teto da meta do BC, mas avançou em relação ao registrado em 2013
Foto: Watcharakun / Shutterstock

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do País, encerrou o ano de 2014 com alta de 6,41%, dentro da meta do Banco Central, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

Embora tenha ficado abaixo do teto da meta, de 6,5%, a inflação acelerou em relação ao registrado em 2013, quando terminou o ano com alta de 5,91%. O centro da meta do Banco Central é de 4,5%, com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O resultado do ano passado livrou por pouco, e mais uma vez, o presidente do BC, Alexandre Tombini, de ter que fazer uma carta aberta explicando os motivos do descumprimento do objetivo.

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No primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, a inflação brasileira somou 27,03%, com alta anual média de 6,17%.

A última vez em que houve estouro da meta foi em 2003, primeiro ano do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o IPCA encerrou a 9,3%. Em 2011, ano em que Dilma assumiu o governo, o índice ficou exatamente no limite máximo do objetivo.

Em dezembro do ano passado, o indicador teve sua segunda maior alta mensal do ano, com variação de 0,78%, ficando atrás apenas do registrado em março (0,92%), e acelerou em relação à alta dos preços em novembro (0,51%).

Os resultados de 2014 ficaram em linha da expectativa em pesquisa da Reuters, cujas medianas apontavam alta de 0,78% em dezembro e de 6,42% no ano passado.

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Energia elétrica

Segundo o IBGE, as despesas que mais aumentaram no ano passado foram as de Habitação, cuja alta acumulada chegou a 8,80% contra 3,40% em 2013. Com isso, o grupo teve impacto de 1,27 ponto percentual no índice de 2014, diante da alta de 17,06% em média da energia elétrica, contra queda de 15,66% em 2013.

Não por menos, informou o IBGE, no ano passado os preços de administrados tiveram alta acumulada de 5,32%, contra 1,55% em 2013.

O maior impacto no IPCA em 2014 foi do grupo Alimentação e Bebidas, com 1,97 ponto percentual, com alta acumulada de 8,03% ante 8,48% no ano anterior.

Destacaram-se também os avanços de 8,45% dos preços de Educação e de 8,31% de Despesas Pessoais.

A alta dos preços de serviços também pesou sobre a inflação, apesar de ter moderado ligeiramente, fechando o ano a 8,32%, sobre 8,75% no ano anterior.

Já na variação mensal, o maior destaque do IPCA em dezembro ficou para Alimentação e Bebidas, com alta de 1,08%, após avanço de 0,77% em novembro.

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Problemas

Os próximos meses serão marcados pelos reajustes de preços administrados, como eletricidade. Figura no horizonte ainda a valorização do dólar sobre o real, que atualmente ronda o patamar de R$ 2,7 reais.

Tombini já sinalizou que o IPCA deve voltar a estourar o teto da meta em 12 meses neste início de ano, desacelerando o passo no segundo trimestre.

Em outubro, deu início a novo ciclo de aperto monetário que elevou a Selic para os atuais 11,75% e novas altas são esperadas.

Ainda assim, economistas consultados na pesquisa Focus do próprio BC calculam que o IPCA encerrará 2015 acima do teto da meta, a 6,56%.

Fonte: Terra
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