A inflação oficial brasileira avançou 1,32% em março, levando o indicador a uma taxa acumulada de 8,13% no período de 12 meses, patamar mais elevado desde dezembro de 2003, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
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A variação mensal de março foi a maior desde fevereiro de 2003, quando o avanço foi de 1,57%, e a mais elevada para meses de março desde 1995 (1,55%). No mesmo mês no ano passado, o índice registrou alta de 0,92%.
De janeiro a março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 3,83%, a maior taxa para um primeiro trimestre desde 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência da República.
A expansão acumulada em 12 meses até março deixou o indicador bem acima do teto da meta do Banco Central (BC), de 6,5%. De acordo com a mais recente pesquisa Focus do BC, economistas do mercado financeiro apontam que o IPCA deve encerrar este ano a 8,2%
Vilão
A alta da inflação no mês passado foi puxada pelas tarifas de energia elétrica, com aumento médio de 22,08%. O item representou 53,79% do IPCA. Segundo o IBGE, o impacto na inflação aconteceu em função da revisão das tarifas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que promoveu aumentos extras para cobrir os custos das concessionárias com a compra de energia.
O grupo habitação, o qual as tarifas de energia fazem parte, foi o que mais avançou no mês passado, a uma taxa de 5,29%, causando um impacto de 0,79% no IPCA.
Em seguida aparecem as despesas com alimentação e bebidas, com alta de 1,77%, após avanço de 0,81% em fevereiro.