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Inflação tende a ir à meta nos próximos trimestres, diz BC

Em um cenário sem redução da taxa Selic, autoridade monetária espera que inflação entre em trajetória de convergência para a meta de 4,5%

11 set 2014 - 10h14
(atualizado às 10h14)

O Banco Central informou nesta quinta-feira que é "plausível" levar a inflação para a trajetória da meta dentro do cenário que não inclui queda da Selic, ao mesmo tempo em que vê a pressão sobre os preços elevada, mas não mais "resistente".

Fachada da sede do Banco Central em Brasília. 15/01/2014.
Fachada da sede do Banco Central em Brasília. 15/01/2014.
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

"Apesar de a inflação ainda se encontrar elevada, o Copom pondera que pressões inflacionárias ora presentes na economia tendem a arrefecer ou, até mesmo, a se esgotarem ao longo do horizonte relevante para a política monetária", disse o BC na ata do Comitê de Política Monetária (Copom).

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"Nesse contexto, é plausível afirmar que, mantidas as condições monetárias - isto é, levando em conta estratégia que não contempla redução do instrumento de política monetária -, a inflação tende a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção", acrescentou.

Na ata anterior, divulgada em julho, a autoridade monetária não havia usado a expressão "plausível" para descrever esse cenário, mas que via um cenário de "inflação resistente nos próximos trimestres", frase que retirou no documento divulgado nesta manhã.

Pela ata, o BC também reduziu a projeção de inflação para este ano, mas encontrando-se acima do centro da meta, e manteve suas contas para 2015, pelo cenário de referência. A autoridade monetária também vê que, "nos trimestres iniciais de 2016, as projeções indicam que a inflação entra em trajetória de convergência".

A meta do governo é de 4,5% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

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No último encontro antes da eleição presidencial em outubro, o Copom manteve a Selic em 11% ao ano na semana passada, pela terceira vez seguida, e excluiu a expressão "neste momento" do texto do comunicado, sinalizando que não pretende mexer na política monetária tão cedo em meio à fraqueza da economia e com a inflação ainda elevada.

A expectativa tanto no mercado futuro de juros quanto entre analistas é de que novo ciclo de aperto monetário comece apenas em 2015.

Pela ata, o Copom também informou que vê que o ritmo de expansão da atividade doméstica tende a ser menos intenso este ano em comparação a 2013. A economia brasileira entrou em recessão no primeiro semestre, com o Produto Interno Bruto (PIB) encolhendo 0,6% e 0,2% respectivamente no segundo e primeiro trimestres, sobre os três meses anteriores.

Mesmo dentro do cenário de atividade fraca, o IPCA continua pressionado, chegando a 6,51% em 12 meses em agosto.

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