A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 1,6% em junho deste ano, na comparação com o mês anterior, atingindo, pela segunda vez consecutiva, o patamar mais baixo da série histórica (iniciada em janeiro de 2010). A pesquisa, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), busca analisar a disposição das famílias brasileiras em consumir.
Segundo a economista da CNC, Juliana Serapio, as principais explicações para a queda da intenção de consumo são as altas dos juros e da inflação nos últimos meses. Entre os sete componentes usados para medir o índice, apenas dois aumentaram de maio para junho: a intenção de compra a prazo, que subiu 1%, e o nível de consumo atual, que cresceu 0,3%.
Entre os cinco componentes em queda, o pior resultado foi observado no momento para a compra de bens duráveis (-4,5%). Em seguida, aparecem perspectiva profissional (-3%), perspectiva de consumo (-2,6%), avaliação do emprego atual (-1,3%) e avaliação da renda atual (-1%).
Na comparação com junho de 2013, o ICF apresentou redução de 7,4%. Os sete componentes do índice tiveram piora nesse tipo de comparação, com destaque para a intenção de consumo de bens duráveis, que caiu 20,9%.