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IPCA-15 acelera, puxado pela alta da energia, e fica em 0,54% em outubro

No acumulado em 12 meses, indicador, que é uma prévia da inflação oficial, saltou para 4,47%

24 out 2024 - 09h40
(atualizado às 10h12)
Aumento da energia teve o maior impacto na inflação no mês
Aumento da energia teve o maior impacto na inflação no mês
Foto: Daniel Teixeira/Estadão / Estadão

O IPCA-15, prévia da inflação oficial do Brasil, teve uma aceleração expressiva em outubro. O indicador ficou em 0,51%, 0,41 ponto porcentual acima do resultado de setembro (0,13%), segundo os dados divulgados nesta quinta-feira, 24, pelo IBGE. Com esse resultado, no acumulado em 12 meses o índice foi para 4,47%, próximo do teto da meta perseguida pelo Banco Central (que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta no mês de outubro, de acordo com o comunicado do IBGE. A maior variação e o maior impacto positivo vieram do setor Habitação (1,72% de alta e impacto de 0,26 ponto no índice). "Alimentação e bebidas (0,87% e 0,18 ponto porcentual), grupo de maior peso no índice, registrou aumento de preços pelo segundo mês consecutivo. As demais variações ficaram entre o recuo de 0,33% de Transportes e o aumento de 0,49% em Saúde e Cuidados Pessoais", diz a nota do instituto.

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No grupo Habitação, o principal impacto veio da energia elétrica residencial, que passou de 0,84% em setembro para 5,29% em outubro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 a partir de 1º de outubro. Além disso, o IBGE destaca também, a alta do gás de botijão (2,17%).

No grupo Alimentação e Bebidas, por sua vez, a alimentação no domicílio registrou aumento de 0,95% em outubro, após três meses consecutivos de queda. "Contribuíram para esse resultado os aumentos do contrafilé (5,42%), do café moído (4,58%) e do leite longa vida (2,00%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-14,93%), o mamão (-11,31%) e a batata-inglesa (-6,69%)", diz o IBGE.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,49%), o item plano de saúde subiu 0,53%. "Houve aplicação de reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho. Desse modo, no IPCA-15 de outubro foram apropriadas as frações mensais dos planos antigos relativas aos meses de julho, agosto, setembro e outubro", segundo a nota.

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No grupo Transportes, que teve recuo de 0,33%, o resultado foi influenciado principalmente pelas passagens aéreas (-11,40%). "Ônibus urbano (-2,49%), trem (-1,59%) e metrô (-1,28%) contribuíram também para o resultado negativo do grupo, em decorrência da gratuidade nas passagens concedidas à população no dia das eleições municipais, em 6 de outubro. Em relação aos combustíveis (-0,01%), o gás veicular (-0,71%) e o óleo diesel (-0,23%) apresentaram quedas, o etanol subiu 0,02% e a gasolina apresentou estabilidade de preço (0,00%)", informa o instituto.

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