O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve alta de 0,11% em janeiro, após ter subido 0,34% em dezembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado contrariou a mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava queda de 0,01%. O intervalo de previsões ia de queda de 0,12% a elevação de 0,24%. Com o resultado anunciado nesta sexta-feira, o IPCA-15 acumulou aumento de 4,50% em 12 meses. As projeções iam de avanço de 4,22% a 4,62%, com mediana de 4,36%.
Dos nove grupos pesquisados, oito tiveram resultado positivo em janeiro. Alimentação e bebidas apresentou a maior variação, 1,06%, e o maior impacto, 0,23 ponto porcentual (p.p.), no índice do mês. A alimentação no domicílio avançou 1,10% em janeiro. O resultado foi impulsionado pelos aumentos do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-14,16%) e o leite longa vida (-2,81%)
A alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,23% em dezembro para 0,93% em janeiro. Tanto o lanche (0,98%) quanto a refeição (0,96%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (1,26% e 1,34%, respectivamente).
O grupo de transportes subiu 1,01% e teve participação e 0,21 pontos no índice. A alta foi pressionada pelo preço da passagem aérea, que subiu 10,25%. Em combustíveis (0,67%), houve aumentos nos preços do etanol (1,56%), do óleo diesel (1,10%), do gás veicular (1,04%) e da gasolina (0,53%).
O grupo de habitação registrou deflação, com queda de 3,43% no período, e ajudou a conter o índice de janeiro. A energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto negativo no índice (-0,60 p.p.), ao recuar 15,46% em janeiro. A queda registrada é em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de janeiro.