A inflação oficial brasileira surpreendeu e acelerou a 0,74% em maio na comparação mensal, pressionada pelos custos de energia elétrica e alimentação, e em 12 meses continua no nível mais alto em mais de 11 anos mesmo após a sequência de altas dos juros feita pelo Banco Central.
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No mês passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou mais força do que se esperava após alívio em abril, quando subiu 0,71%, ficando bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,59% em maio.
Com isso, em 12 meses, o índice subiu 8,47%, ante 8,17% até abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. É a maior taxa acumulada desde dezembro de 2003, quando o IPCA chegou a 9,30%, e acima da expectativa de 8,32%.
Com isso, a inflação permanece bem acima do teto da meta do governo, de 4,5% pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. Na semana passada, o BC elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,75% ao ano, levando-a ao mesmo patamar de dezembro de 2008.
O IBGE apontou que o principal responsável individual pelo resultado de maio do IPCA foi o preço da energia elétrica, após série de aumentos de impostos e tarifas do setor no início do ano. Com alta de 2,77% no mês, o item respondeu por 0,11 ponto percentual do índice de maio.
Com isso o grupo Habitação registrou alta de 1,22% em maio, contra 0,93% no mês anterior.
O IBGE informou ainda que o grupo com maior impacto e maior alta no mês passado foi Alimentação e Bebidas, com 0,34 ponto percentual, ao subir 1,37%, contra 0,97% em abril.