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IPCA volta a subir e fica em 0,12% em julho, puxado pelos combustíveis

No acumulado em 12 meses, indicador oficial de inflação no País subiu para 3,99% ; em junho, esse número estava em 3,16%

11 ago 2023 - 09h30
(atualizado às 09h50)
Posto de gasolina
Posto de gasolina
Foto: Aloisio Mauricio/FotoArena / Estadão

Após a deflação registrada em junho, o IPCA voltou a subir no mês passado. O índice oficial de inflação do País ficou em 0,12% em julho, um pouco acima do esperado pelo mercado (0,06%, segundo dados do Projeções Broadcast). Com esse resultado, a inflação em 12 meses voltou a subir, e ficou em 3,99% - estava em 3,16% no período de um ano encerrado em junho.

De acordo com o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta em julho. "O maior impacto (0,31 ponto porcentual) e a maior variação (1,5%) vieram de Transportes. No lado das quedas, destacam-se os grupos Habitação (-1,01%) e Alimentação e bebidas (-0,46%)", informa o instituto, em nota.

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Ainda segundo o IBGE, no grupo dos Transportes, o resultado foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços da gasolina (4,75%). "Em relação aos demais combustíveis (4,15%), foram registradas altas no gás veicular (3,84%) e no etanol (1,57%), enquanto o óleo diesel caiu 1,37%. As altas da passagem aérea (4,97%) e do automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo." Essas altas dos combustíveis são resultado da reoneração que entrou em vigor no final de junho.

Já a queda do grupo Alimentação e bebidas deve-se, principalmente, de acordo com o IBGE, "à redução nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), que já haviam recuado em junho (-1,07%). Destacam-se as quedas do feijão-carioca (-9,24%), do óleo de soja (-4,77%), do frango em pedaços (-2,64%), das carnes (-2,14%) e do leite longa vida (-1,86%). No lado das altas, as frutas (1,91%) subiram de preço, com destaque para a banana-prata (4,44%) e para o mamão (3,25%)".

A alimentação fora do domicílio (que subiu 0,21%) desacelerou em relação a junho (0,46%), em virtude, segundo o instituto, das altas menos intensas do lanche (0,49%) e da refeição (0,15%). Em junho, as variações desses subitens haviam sido de 0,68% e 0,35%, respectivamente.

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