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Isenção fiscal para líderes religiosos tira R$ 300 milhões dos cofres públicos

Receita Federal revogou a norma que, desde 2022, permite isenção tributária nos salários

19 jan 2024 - 12h14
(atualizado às 12h18)
Resumo
A revogação pela Receita Federal da norma de isenção tributária nos salários de líderes religiosos tem um impacto de R$300 milhões nos cofres públicos, segundo o TCU.
Auditoria do TCU informou que a União deixou de arrecadar cerca de R$ 300 milhões com um ato editado no governo Bolsonaro.
Auditoria do TCU informou que a União deixou de arrecadar cerca de R$ 300 milhões com um ato editado no governo Bolsonaro.
Foto: Agência Brasil

A revogação pela Receita Federal na última quarta-feira, 17, da norma que, desde 2022, permite isenção tributária nos salários de líderes religiosos tem um impacto de quase R$ 300 milhões aos cofres públicos. 

Segundo o jornal O Globo, o relatório sigiloso do Tribunal de Contas da União (TCU) destaca que a Receita Federal calculou a cifra levando em conta valores com "exigibilidade suspensa" ou "parcelada" entre os anos de 2017 e 2023.

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A decisão pela suspensão da isenção de contribuições previdenciárias sobre a remuneração dos líderes religiosos, contestada pela Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional, foi assinada pelo chefe da Receita, Robinson Barreirinhas. 

O benefício suspenso foi dado pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro às vésperas das eleições presidenciais, quando o então presidente buscava consolidar o apoio do segmento evangélico na tentativa de se reeleger.

O tema estava sob análise do TCU, já que a concessão da isenção aos líderes religiosos foi considerada atípica porque não passou pelo crivo da Subsecretaria de Tributação da Receita Federal.

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Fonte: Redação Terra
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