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JBS desiste de vender nos EUA ações de negócios internacionais

16 out 2017 - 12h19
(atualizado às 12h22)

A JBS desistiu dos planos para listar a subsidiária JBS Foods International na bolsa de Nova York, quase seis meses depois dos escândalos gerados por delações premiadas de seus controladores e da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, terem minado a demanda de investidores pela operação.

Logo da JBS é visto em unidade da empresa em Jundiaí, Brasil 
1/6/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
Logo da JBS é visto em unidade da empresa em Jundiaí, Brasil 1/6/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Em aviso ao órgão que regula os mercados norte-americanos, SEC, a JBS Foods International pediu o cancelamento do pedido de IPO porque "decidiu não buscar a venda de títulos neste momento".

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Representantes da empresa e da JBS não deram mais detalhes ou novo cronograma para a transação.

O IPO dos negócios internacionais da JBS, que incluiria a divisão de alimentos processados Seara, era vista pelo mercado como uma oportunidade para a maior processadora de carne bovina do mundo destravar valor de suas operações e reduzir dívida.

As ações da JBS exibiam alta de cerca de 0,50 por cento às 12:17 na B3, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,10 por cento.

A possibilidade de cancelamento do IPO já era considerada pelo mercado após o estouro dos escândalos que envolveram a companhia, cujo ex-presidente executivo, Wesley Batista, está preso, acusado de ter se aproveitado das delações premiadas para lucrar no mercado financeiro por meio de uso de informações privilegiadas.

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Em meados de agosto, quando ainda era presidente-executivo da JBS, Batista havia afirmado que o IPO da JBS Foods International tinha sido adiado para o final de 2018.

A JBS terminou junho com dívida líquida de cerca de 50 bilhões de reais e dívida líquida sobre Ebitda de 4,16 vezes. O lucro do segundo trimestre caiu 80 por cento sobre um ano antes, impactado por câmbio e aumento de despesas. Batista comentou em agosto que a empresa tinha como meta atingir nível de endividamento de 3,5 vezes até o final de 2017.

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