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Jovens que trabalham são mais otimistas, aponta estudo

Jovens inseridos no mundo do trabalho são mais otimistas sobre o futuro do que aqueles que procuram colocação

27 dez 2022 - 09h20
Jovens que trabalham são mais otimistas, aponta estudo
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Quem trabalha tem uma perspectiva de vida mais otimista do que quem não trabalha. Isso vale para os mais velhos e especialmente para os mais jovens. É o que aponta o estudo “Trabalho e Renda”, coordenado pelo Atlas das Juventudes com apoio do Itaú Educação e Trabalho. 

O relatório aponta que o bem-estar psicológico está estreitamente relacionado às perspectivas de trabalho entre os jovens. Assim, aqueles que estão procurando trabalho são os mais fragilizados nesse aspecto. 

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Já os jovens com emprego têm melhores percepções de futuro para suas vidas, além de serem menos afetados por questões de saúde mental quando comparados àqueles que procuram trabalho.  

O estudo tem como base a terceira edição da pesquisa “Juventudes e a Pandemia: E agora?”, coordenada pelo Atlas das Juventudes, com apoio do Itaú Educação e Trabalho, Goyn-SP e Unicef e realizada em parceria com Conselho Nacional da Juventude, Em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Rede Conhecimento Social, Mapa Educação, Porvir, Unesco e Visão Mundial.

Otimismo despenca quando se está desempregado

O estudo mostra que 40% dos jovens que estão procurando emprego avaliam o próprio estado emocional como ruim ou péssimo. Esse percentual cai para 21% entre os que estão trabalhando e para 27% entre os que não estão trabalhando e não estão procurando trabalho.

No quesito de percepções de futuro para sua qualidade de vida, 34% dos jovens com trabalho estão parcialmente otimistas e 44% estão muito otimistas, somando 78%. Entre os jovens que procuram trabalho, os índices de otimismo somam 64%. Dos que não trabalham,72% estão otimistas ou muito otimistas.

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“Para que esse otimismo das juventudes em relação ao futuro seja ampliado para todos os perfis de jovens, precisamos proporcionar mais oportunidades para todos. Expandir a oferta de formação profissional e de inserção no mundo do trabalho são caminhos para isso e são anseios desses jovens também”, afirma Diogo Jamra, gerente de Articulação e Advocacy do Itaú Educação e Trabalho. “As juventudes estão demandando por ações que viabilizem o desenvolvimento pessoal e profissional a partir de uma educação que os conecte com oportunidades e ajude-os a construir o próprio futuro. Precisamos ouvi-las e agir com urgência.”

Jovens cobram mais ações prioritárias

Entre as ações prioritárias que os jovens cobram de instituições públicas e privadas para lidar com os efeitos da pandemia no mundo do trabalho destacam-se ampliar a oferta de cursos de qualificação profissional, incentivos a projetos das juventudes, incentivo a novas dinâmicas de trabalho, estímulos para surgimento de novos trabalhos e ações para ampliação de empregos formais.

Foto: Adobe Stock / Montagem Homework

“A pesquisa enfatiza a importância da atenção às demandas das juventudes não apenas no campo da oferta de emprego, mas também em aspectos correlatos como qualificação profissional e adoção de perspectivas inovadoras no âmbito das relações de trabalho, que se conectem a questões como flexibilização de jornada e saúde mental. Especialmente no cenário de recuperação econômica e efervescência do debate público em torno de indicadores de desenvolvimento social, bases sólidas de evidências acerca das especificidades da população jovem são subsídios fundamentais para a consolidação de políticas de inclusão produtiva de jovens e consequentes benefícios a toda a realidade socioeconômica do Brasil”, explica Marcus Barão, coordenador geral do Atlas das Juventudes e coordenador da pesquisa “Juventudes e a Pandemia”.

A saúde mental e o mundo do trabalho 

A pesquisa revela que a saúde mental está estreitamente relacionada às perspectivas de trabalho entre os jovens. Quem está procurando trabalho também tem mais medo de passar por dificuldade financeira (45%) e de não conseguir um trabalho ou não permanecer trabalhando (26%) em relação aos jovens que trabalham (34% e 18%, respectivamente) e que não trabalham e não estão procurando trabalho (27% e 8%, respectivamente).  

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