A divisão de gestão de fortunas (private bank) do JPMorgan Chase & Co está expandindo as operações no México e em outros lugares da América Latina, disse nesta quarta-feira o presidente-executivo da unidade regional, conforme a geração de fortunas e mudanças políticas impulsionam as perspectivas do setor.
A instituição financeira planeja aumentar o número de banqueiros para gestão de riquezas na América Latina em 15 por cento, afirmou Adam Tejpaul em entrevista.
O segmento de private bank do JPMorgan emprega 450 pessoas na região, com a maioria trabalhando como consultores de clientes. BBVA Bancomer, Citi, Credit Suisse e Santander também têm negócios de private bank no México, assim como o maior banco do país, o Banorte.
As prioridades de crescimento do JPMorgan Chase & Co são México, Argentina e Colômbia, acrescentou Tejpaul, embora o banco também atenda clientes no Brasil, Chile, Peru e até na Venezuela, apesar da crise econômica e política do país.
Tejpaul afirmou que o aumento do quadro regional deve ajudar o banco a expandir a base de clientes em até 20 por cento, mas recusou-se a fornecer mais números específicos.
"O México teve muita geração de fortunas e o número de indivíduos ricos aumentou materialmente", disse Tejpaul.
O magnata mexicano de telecomunicações Carlos Slim e muitos outros empresários menos conhecidos acumularam fortunas nas últimas décadas, mas a riqueza tende a ser desigualmente distribuída no México, assim como no restante da América Latina.
Tejpaul contou que o banco oferecerá mais produtos e serviços aos clientes que queiram passar as fortunas para gerações futuras, incluindo planejamento fiscal.
"Se pensarmos na América Latina como um todo, há muita volatilidade no mercado de capitais e instabilidade política", afirmou o executivo do JPMorgan. Como resultado, acrescentou, os clientes em mercados emergentes tendem a ser mais conservadores em suas decisões de investimento com resultado.