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Juiz nega pedido da Argentina para trocar mediador de dívida

Decisão ocorreu em audiência realizada hoje na Corte Distrital de Nova York

1 ago 2014 - 19h22

O juiz nova-iorquino Thomas Griesa ordenou que a Argentina e os fundos abutres continuem com as negociações e confirmou o advogado Daniel Pollack como mediador, enquanto os advogados que representam o país contestaram a permanência dele e pediram ao magistrado que encontrasse outros meios para prosseguir com o diálogo.

A decisão ocorreu em audiência realizada hoje na Corte Distrital de Nova York, em que o advogado da Argentina, Jonathan Blackman, reiterou que o país está comprometido com o processo de diálogo para alcançar um acordo, mas alegou a necessidade de se encontrar outras maneiras de continuar nesse caminho.

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A necessidade de encontrar alternativas de negociação, segundo o requerimento do advogado, deve-se ao fato de a Argentina “não ter mais confiança” no processo. Especialmente depois do comunicado emitido na quarta-feira em que Pollack advertia que o país caminhava para o calote.

O diálogo com um mediador “tem de ser com plena confiança e abertura, e a República [da Argentina] não tem mais essa confiança no processo sob [a intervenção] do mediador especial”, explicou Blackman na audiência pública que durou cerca de uma hora.

Segundo o representante do governo argentino, o comunicado de Pollack, emitido logo depois de ser divulgado que as partes não haviam chegado a um acordo, foi “desafortunado” e divulgado sem consultar a Argentina, além de não dar uma visão completa da situação.

Griesa evitou, na audiência, mencionar a expressão default (calote) ao citar a situação provocada pela ordem de congelar o depósito realizado pela Argentina no prazo e na forma estabelecida no acordo de renegociação para pagar os detentores de papéis reestruturados.

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“Mais importante de ter passado a noite de quarta [dia em que vencia o prazo para realizar o pagamento], se foi default ou não, é que as obrigações permanecem e têm de ser tratadas”, sustentou o juiz, antes de chamar as partes a seguirem com as negociações.

Agência Brasil
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