Para o País voltar a crescer, é necessário “rapidez” do Congresso na definição das medidas de ajuste fiscal, disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
A declaração de Levy vem poucos dias após o presidente do Senado, Renan Calheiros, rejeitar a medida provisória que estabelecia a elevação das alíquotas sobre a folha de pagamentos de 56 setores.
“A rapidez é essencial para a economia voltar a crescer. Em particular, os agentes saberem a data em que, por exemplo, MPs [medidas provisórias] terão seus efeitos, é um fator importante para o resultado dessas medidas sobre as expectativas e na arrecadação dentro do ano”, afirmou Levy.
Alvo de críticas de políticos, empresários e entidades sindicais, o ministro voltou a defender o ajuste fiscal e disse que “não há espaço nem intenção de reduzir” a meta de superávit primário, de 1,2% do Produto Interno Bruto. Segundo Levy, a presidente Dilma “tem dito e demonstrado total comprometimento com o ajuste da economia”.
“As medidas econômicas tomadas até agora são essencialmente de diminuição de gastos, inclusive renúncias fiscais”, afirmou Levy.
Apesar do cenário econômico adverso - com o PIB crescendo pouco, a inflação e os juros em alta e o aumento do desemprego -, Levy disse que “o Brasil não está doente” e, com o ajuste nas contas, o País deve voltar à rota do crescimento.