A Porto Seguro registrou lucro líquido com business combination - que leva em conta o valor de todo o intangível (marca, canal de distribuição) da parceria com o Itaú Unibanco - de R$ 316,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, cifra 17,4% menor que no mesmo período de 2017, de R$ 383,2 milhões. No acumulado do ano até setembro, entretanto, o resultado somou R$ 925,6 milhões, aumento de 11,1% na comparação com o mesmo intervalo do exercício passado, de R$ 833,2 milhões.
A Porto Seguro também divulgou seu lucro líquido sem business combination no terceiro trimestre, que foi de R$ 318,2 milhões, queda de 17,4% ante um ano, de R$ 385,1 milhões. De janeiro a setembro, somou R$ 931,2 milhões, elevação de 11,0% na comparação com o mesmo intervalo de 2017, de R$ 838,9 milhões.
"Excluindo os efeitos não recorrentes da venda da participação do IRB (Brasil Resseguros S.A.) no terceiro trimestre de 2017, o lucro líquido aumentou 23% no trimestre e 31% no ano, atingindo R$ 318 milhões e R$ 931 milhões respectivamente", destaca a seguradora, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.
Os prêmios auferidos da Porto Seguro totalizaram R$ 3,825 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 3,1% ante um ano. Já no acumulado de 2018, o montante está em R$ 11,308 bilhões, alta de 5,6%, na mesma base de comparação.
A receita total da seguradora foi a R$ 4,512 bilhões de julho a setembro, expansão de 3,4% ante um ano. No acumulado do ano, cresceu 6,5%, para R$ 13,413 bilhões. "A receita total evoluiu impulsionada pelo crescimento do seguro Auto, Saúde e das Operações de Crédito. Por outro lado, os seguros Patrimoniais e de Vida obtiveram menor desempenho de vendas, principalmente devido a uma maior competitividade no período", explica a seguradora.
O resultado financeiro da Porto Seguro somou R$ 224,6 milhões no terceiro trimestre, queda de 52,6% ante um ano.
A sinistralidade total da Porto Seguro foi a 50,5% no terceiro trimestre contra 54,4% em um ano, uma queda de 3,9 pontos porcentuais. Como consequência, seu índice combinado, que mede a eficiência operacional de uma seguradora, foi a 91,7% ao término de setembro, melhora de 4,6 p.p. ante o mesmo período do ano passado. Em nove meses, a redução é de 5,5 p.p., com o indicador a 92,0%. Neste caso, quanto menor, melhor. Acima de 100% indica prejuízo da operação.
O patrimônio líquido da Porto Seguro - no critério com business combination - era de R$ 7,341 bilhões no terceiro trimestre, redução de 2,9% em um ano. Sua rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROAE, na sigla em inglês) ficou em 16,9% no critério com business combination, diminuição de 4,0 p.p., na mesma base de comparação. No acumulado de 2018, a alta foi de 0,8 p.p., para 16,1%. Sem business combination, o ROAE da Porto foi a 18,9% no terceiro trimestre ante 15,9% no segundo e 16,0% em um ano (excluindo efeito IRB).
A Porto Seguro enfatiza, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que manteve a consistência apresentada nos últimos trimestres, fruto principalmente da disciplina de precificação, que permitiu uma redução significativa na sinistralidade e do foco no aumento da eficiência operacional, que proporcionou o menor índice histórico de despesas administrativas e operacionais.
"Consequentemente, no acumulado dos nove primeiros meses do ano, o resultado operacional foi três vezes maior, superando o impacto da redução da taxa de juros nas aplicações financeiras", acrescenta a companhia.
A Porto Seguro realiza teleconferência com analistas e investidores no dia 7 de novembro, às 11 horas, em português e inglês, para comentar seus resultados trimestrais.