O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esfriou as expectativas quanto à indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, para a presidência do órgão. Em entrevista, nesta quarta-feira, 26, o petista disse que não está pensando sobre isso no momento, mas a indicação não terá como objetivo satisfazer o mercado.
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"Eu não indico o presidente do Banco Central para o mercado, eu indico para o Brasil. Ele vai ter que tomar conta dos interesses do Brasil. O mercado, seja ele financeiro ou empresarial, tem que se adaptar a isso", disse Lula em entrevista ao vivo no portal UOL.
O presidente também preferiu não comentar os rumores de que os nomes de Aloizio Mercadante e Guido Mantega estão sendo considerados para a vaga. Sobre Galípolo, Lula deixou elogios: "é um companheiro altamente preparado, com muito conhecimento do sistema financeiro."
Lula ainda teceu novas críticas à atual gestão do Banco Central. Ele, mais uma vez, se queixou da manutenção da taxa Selic em 10,50%. "O BC tem necessidade de manter a taxa de juros a 10,5% quando a inflação está a 4%? O BC tem consciência que as pessoas estão tendo dificuldade de fazer financiamento?", provocou.
O presidente complementou que, para ele, os empresários é que deveriam estar "fazendo passeata por causa da taxa de juros". "São eles que não conseguem crédito, não é governo", complementou Lula.