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Lula diz que Haddad é 'extraordinário' e que 'bola' da desoneração está com Senado e empresários

Segundo o presidente, ministro da Fazenda tentou ajudar os empresários ao construir uma alternativa de compensação à desoneração; 'Encontrem uma solução, o Haddad tentou', disse

13 jun 2024 - 14h41
(atualizado às 15h03)
Segundo Lula, busca de solução para compensar desoneração agora não está mais sob a alçada de Haddad
Segundo Lula, busca de solução para compensar desoneração agora não está mais sob a alçada de Haddad
Foto: Wilton Júnior/Estadão / Estadão

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou nesta quinta-feira, 13, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse não ver pressão contra o chefe da pasta. Em sua avaliação, Haddad tentou ajudar os empresários ao construir uma alternativa de compensação à desoneração da folha de pagamento. Ele reiterou que, agora, a decisão está com o Senado e os empresários.

"Não tem nada com o Haddad. Ele é um extraordinário ministro, não sei qual é a pressão contra o Haddad", disse a jornalistas, em Genebra, na Suíça. "Todo ministro da Fazenda, desde que me conheço por gente, vira o centro dos debates quando a coisa dá certo, quando a coisa não dá certo."

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Para Lula, o ministro "tentou ajudar" os empresários a construir uma alternativa à desoneração. "Que nem deveria ter sido o Haddad para assumir essa responsabilidade, mas o Haddad assumiu, fez uma proposta", pontuou.

"Os mesmos empresários não quiseram, então agora tem uma decisão da Suprema Corte, que vai acontecer. Se, em 45 dias, não houver um acordo sobre a compensação, o que vai acontecer? Vai acabar a desoneração, que era o que eu queria, por isso que eu vetei naquela época", comentou.

Segundo Lula, agora, a decisão sobre o tema não está mais sob a alçada de Haddad. "(A bola) Está na mão do Senado e dos empresários. Encontrem uma solução, o Haddad tentou. Não aceitaram, agora encontrem uma solução", cobrou.

Nesta semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu devolver parte da medida provisória (MP) que limitava o uso de créditos decorrentes da tributação do PIS/Cofins pelas empresas. A devolução representou uma derrota para o ministro da Fazenda que propôs a medida como compensação à desoneração da folha de pagamentos dos 17 setores que mais empregam e dos municípios.

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A expectativa era arrecadar até R$ 29,2 bilhões com a medida, acima, portanto, dos R$ 26,3 bilhões de impacto da desoneração da folha em 2024, segundo a Fazenda.

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