O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afastou a possibilidade de mexer na aposentadoria dos militares para reduzir gastos do governo. A informação foi dada pelo petista a colunistas do portal Uol, após entrevista transmitida online, na última quarta-feira, 26.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
"Eu falei pro Múcio [ministro da Defesa]: 'Pode avisar aos comandantes que isso nem passa pela minha cabeça'", disse. Com isso, Lula também teria pedido para que as Forças Armadas não ficassem "pressionando" o governo.
José Múcio, ministro da Defesa, confirmou aos colunistas a versão de Lula. Ele acrescentou ainda que há a possibilidade de as Forças Armadas negociarem sobre o tema, com a condição de que o debate seja mais amplo.
"Os militares são diferentes dos civis. Não há na lei deles hora extra, por exemplo, há mobilidades geográficas e eles têm que estar sempre de prontidão", defendeu Múcio.
A sugestão de revisar os gastos com a previdência dos militares foi dada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet. Com o governo sob pressão pelo corte de despesas, Tebet afirmou que iria apresentar um "cardápio" para o presidente de opções de reajustes, incluindo a previdência militar.
Para justificar a necessidade de se considerar a previdência militar, Tebet mencionou o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) de maio. Segundo a ministra, no documento o órgão faz "um alerta em relação à previdência militar".