BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 8, que o governo tem se mantido em uma situação boa e que a inflação no País está "equilibrada". "O emprego está crescendo, o salário está crescendo, a massa salarial está crescendo, o desemprego está caindo, e a inflação está totalmente equilibrada. Esse é um dado muito importante", declarou durante reunião ministerial no Palácio do Planalto.
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O presidente da República disse saber que "quanto mais baixa (a inflação), melhor". "O que interessa é inflação baixa, a economia crescendo, o salário crescendo, e a educação melhorando", afirmou.
Lula afirmou que os números da economia brasileira estão "positivos" e que, em outros governos, não havia tanta "razão" para otimismo como agora. Ele citou conversas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
"Eu tenho conversado com o companheiro Haddad, tenho conversado com outros companheiros, e tenho dito que eu não acredito que, em algum momento, na história do País, a gente tivesse razão de estar tão otimista como a gente está agora", declarou.
O presidente continuou: "Primeiro, porque acredito no que estamos fazendo. Segundo, acredito que os nossos números até agora são todos positivos, apesar da perspectiva de uma crise internacional que o dólar vem causando no mundo inteiro".
Durante o encontro, o petista saudou a presença do presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, a quem chamou de "altamente preparado". "Eu pedi para vir o IBGE nesta reunião porque é importante que o governo saiba como é que está o IBGE", afirmou. "A gente precisa dar condições para fazer muito mais."
Lula prosseguiu: "Eu aproveitei que o companheiro Márcio Pochmann está na presidência do IBGE e que é um companheiro altamente competente, altamente preparado, altamente sério e respeitado, não apenas na questão da academia, mas respeitado junto à política, para ele fazer uma pequena exposição para nós", declarou. O mercado financeiro, no entanto, tem reservas em relação a Pochmann.
É a segunda vez que ocorre uma reunião ministerial no Palácio do Planalto em 2024. O encontro de Lula com os ministros visa organizar a atuação de sua equipe nas eleições municipais e cobrar o andamento de projetos do governo.
Trabalho conjunto no PAC
Lula disse que desde o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) até as novas versões, a ideia do governo era de haver um trabalho em conjunto, sem que cada ministro tivesse de adotar uma política própria.
"Quando pensamos em criar o PAC na primeira vez, na segunda vez e na terceira vez pensamos em dar ao conjunto de governo um compromisso de trabalho para que a gente não ficasse à espera de que cada ministro tivesse sua política própria, sem um plano nacional de desenvolvimento", declarou na abertura da reunião.
Para o chefe do Executivo, o que o governo fez em um ano e oito meses de governo "era impensável de ser feito". "Já fizemos mais políticas públicas do que no passado. Todos aprendemos. Uns aprenderam mais do que outros", alfinetou.
Lula também falou sobre segurança pública, argumentando que deseja lançar uma política que reúna União, Estados e municípios com o papel e compromisso designado de cada ente. "Isso é para que tudo dê certo. Não podemos brincar com a segurança pública", afirmou, acrescentando que o crime organizado está realmente organizado no Brasil e no mundo inteiro. "Virou uma multinacional de delitos e, às vezes, estão à frente dos governos", avaliou.
O presidente ressaltou ainda que deseja o envolvimento de todos os ministros nas reuniões do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), que desde dezembro do ano passado está sendo sediado pelo Brasil. A cúpula do G20 está marcada para ocorrer em novembro, no Rio de Janeiro.