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Lula sanciona 'taxação das blusinhas', que acaba com isenção em compras de até US$ 50 em sites como Shopee, Shein e AliExpress

Com sanção presidencial, compras em sites estrangeiros passarão a ter a cobrança de imposto de 20%

27 jun 2024 - 12h39
(atualizado em 28/6/2024 às 10h20)
Lula sanciona imposto sobre compras internacionais de até US$ 50
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quinta-feira, 27, o projeto que acaba com a isenção para compras internacionais de até US$ 50 (R$ 275, na cotação atual). Popularmente conhecido como "taxa das blusinhas", a proposta era uma demanda do setor varejista nacional, que alegava competição desleal com a isenção às empresas estrangeiras.

A proposta da "taxa das blusinhas" foi inserida como um “jabuti” — no jargão do Legislativo, quando um tema é incluído em proposta de assunto diferente – no texto-base do projeto de lei do Mover (Programa Mobilidade Verde), também sancionado pelo chefe do executivo, que aborda um programa de incentivo à descarbonização de carros.

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A ‘taxação das blusinhas’ incidirá sobre as compras internacionais a partir do dia 1º de agosto. Inicialmente, a taxação entraria em vigor imediatamente após sanção e publicação no Diário Oficial da União (DOU), mas o governo decidiu que vai encaminhar uma Medida Provisória (MP) ao Congresso Nacional estabelecendo uma nova data. 

A medida foi aprovada no Congresso no início do mês. A partir de 1º de agosto compras em sites internacionais de até US$ 50 passarão a ter a cobrança do Imposto de Importação, com alíquota de 20%. Compras dentro desse limite são muito comuns em sites de varejistas como Shopee, SheinAliExpress

A ‘taxação das blusinhas’ incidirá sobre as compras internacionais a partir do dia 1º de agosto. 
A ‘taxação das blusinhas’ incidirá sobre as compras internacionais a partir do dia 1º de agosto.
Foto: wilton junior/Estadão / Estadão

O que muda a partir de 1º de agosto

Fica estabelecido que o consumidor que comprar um produto de R$ 100, por exemplo, terá que pagar a alíquota do Imposto de Importação, mais o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O imposto de importação vai incidir apenas sobre compras de valor abaixo de US$ 50, ou seja, cerca de R$ 275, considerando a cotação atual do dólar.

  • Imposto de Importação (20%)
  • ICMS (entre 17% e 19%)

Para produtos que custam acima de US$ 50, as regras permanecem as mesmas, com uma cobrança de 60% de imposto de importação, a um limite superior de até US$ 3 mil (R$ 16,5 mil). É aplicado ainda um desconto de US$ 20 (R$ 110) sobre o tributo a pagar.

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Fonte: Redação Terra
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