O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne, na manhã desta segunda-feira, 17, com os ministros envolvidos no Conselho Orçamentário, no Palácio do Planalto. A reunião ocorre após uma semana conturbada para a equipe econômica, com pressões para que o governo se prontifique a diminuir gastos.
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Participam do encontro os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, Simone Tebet, do Planejamento, Rui Costa, da Casa Civil, e Esther Dweck, da Gestão.
Anteriormente, no sábado, 15, Lula disse que estava disposto a analisar as propostas de redução de gastos de Haddad. Porém, ele frisou que os ajustes fiscais não serão feitos "em cima dos pobres".
"O Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for presidente da República, porque ele é o meu ministro da Fazenda, escolhido por mim e mantido por mim. Se o Haddad tiver uma proposta, o que vai acontecer é que ele vai me procurar essa semana e vai discutir economia comigo. Eu quero antecipar, a gente não vai fazer ajuste em cima dos pobres", disse Lula a jornalistas após sua fala na cúpula do G7, na Itália.
Mal-estar na área econômica
O mal-estar ecônomico começou após a divulgação da Medida Provisória (MP) do Pis/Cofins, que limita os benefícios que empresas têm com descontos no pagamento do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), como uma forma de compensar a desoneração de alguns setores da economia. A MP foi rejeitada pelo Senado, que devolveu parte do texto, o que não foi bem recebido pelo mercado.
Após a devolução, Haddad chegou a dizer que não tem "plano B" para compensar a desoneração, e a pressão por medidas de cortes de gastos se intensificou.