A alemã Beate Uhse causou uma verdadeira revolução nos anos 1950 quando começou a vender brinquedos eróticos de porta em porta. Em 1962, ela inaugurou a primeira sex shop do mundo. Iniciava ali um dos mercados mais rentáveis do mundo.
Segundo a empresa de pesquisas Statistic Brain, o mercado de massageadores e brinquedos sexuais fatura US$ 15,2 bilhões por ano e deve ultrapassar os R$ 50 bilhões na próxima década.
E foi justamente em uma viagem pela pioneira Alemanha que a família Seitz decidiu apostar nesse nicho no Brasil, após visitar sex shops e ver que as pessoas andavam nas ruas com sacolas dessas lojas sem nenhum constrangimento.
“Nós ficamos impressionadas com o ambiente, não lembrava em nada as lojas aqui do Brasil, parecia um supermercado, tudo muito clean e diversificado”, explica Stephanie Seitz, diretora da INTT.
Mas nem tudo eram flores naquele mercado alemão
Havia um porém: as embalagens eram precárias, com nomes apelativos e totalmente anti-higiênicas. Além disso os sabores desses cosméticos eram intragáveis e seus efeitos duravam muito pouco tempo. “Minha mãe trabalhou por muito tempo no ramo de embalagens para grandes marcas de cosméticos, então ela ficou espantada com o que ela constatou naquele momento”, diz Stephanie.
Ao retornar ao Brasil, mãe e filha constataram que o cenário não era diferente. Decidiram então, em 2007, fundar a INTT. “A empresa surgiu com o objetivo de oferecer produtos de qualidade, com nomes sutis e embalagens discretas e ao mesmo tempo preços acessíveis”, ressalta ela.
A empresa aposta em cosméticos sensuais veganos, não testados em animais, além de sex toys em formatos inusitados. “Hoje contamos com mais de 300 produtos em nosso portfólio, contando com cosméticos e brinquedos íntimos. Também temos uma filial na Europa com uma linha exclusiva que já está com mais de 30 produtos, incluindo o nosso tão comentado lubrificante de cannabis, além de exportar para diversos países”, finaliza Stephanie.