O Magazine Luiza planeja estreitar neste ano a amizade com a AliExpress, a gigante chinesa de e-commerce do grupo Alibaba. Após estabelecer parceria em junho de 2024, permitindo a venda de produtos nas plataformas digitais uma da outra, agora a empresa brasileira deseja agregar o seu próprio operador logístico nas entregas, a Magalog.
"Hoje, as entregas são feitas majoritariamente via correios, e nós temos uma logística que conseguiria ser mais eficiente e barata. Estamos em conversas avançadas para poder oferecer esse serviço logístico, podendo agregar maior receita para a empresa e trazer maior densidade de logística para a Magalog", disse a diretora de relações com investidores da Magazine Luiza, Vanessa Rossini.
Segundo a diretora, outra justificativa que sustenta a adição da Magalog na parceria é: quanto maior o nível da densidade dos produtos transportados, maior é a diluição dos custos para o serviço de logística. A logística feita pela Magalog contempla todo o País, com entregas de todo da Magalu e de algumas empresas externas.
Embora o contrato entre as varejistas tenha sido fechado em junho passado, a Magalu começou a operar o marketplace (3P) apenas em outubro. "Colocamos tudo no ar em tempo recorde, os times foram muito ágeis, e agora vamos colher frutos da operação", afirmou Rossini, destacando que a empresa conta com cerca de 700 mil itens disponíveis pela parceria.
Por meio desse acordo, a Magazine Luiza pode atuar pela primeira vez como vendedora em uma plataforma considerada concorrente, uma movimentação vista pelo mercado como uma possibilidade de fortalecer a posição no mercado de cross-border (entre países) e consolidar sua liderança no e-commerce brasileiro durante as festividades.
Já em relação à nova política de taxação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, em vigor desde agosto passado, o gerente de relações institucionais do Magalu, Lucas Ozório, já havia comentado que a parceria foi estrategicamente planejada para atenuar os impactos dessa medida.
"Nosso acordo prevê o uso do programa Remessa Conforme, que facilita a importação dentro do novo modelo tributário, garantindo que as operações estejam em conformidade com a legislação vigente no Brasil", disse Osório.