Jean Paul Prates foi demitido do cargo de comando da Petrobras na última terça-feira e a mudança era esperada nos bastidores. Magda Chambriard foi convidada para assumir a presidência da empresa, mas o nome de Aloizio Mercadante também foi sondado.
O anúncio de demissão de Jean Paul Prates do comando da Petrobras veio apenas na noite da última terça-feira, 14. Mas a mudança já era esperada nos bastidores. O convite feito por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que Magda Chambriard assumisse a presidência da estatal foi feito em abril, segundo a colunista Julia Duailibi, do g1.
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O petista teria se encontrado discretamente com a engenheira no Palácio da Alvorada, que tem um extenso currículo na área de produção de petróleo e gás. Apesar disso, o nome de Magda não foi o primeiro a ser ventilado para a posição.
Aloizio Mercadante, atual presidente do BNDES, chegou a ser sondado por Lula. Porém, dias depois veio a público a informação de que ele teria se encontrado com Prates para contar sobre o encontro com o presidente. Por causa do vazamento, Lula teria desistido do convite.
No encontro com Magda, em abril, Lula conversou sobre investimentos da estatal e sobre o plano de transição energética.
Relembre a crise no comando da Petrobras
A crise que levou à saída de Prates girou em torno da decisão do conselho da empresa de reter os recursos disponíveis para dividendos extraordinários --que são pagos ao acionista quando a empresa tem aumento de caixa além do esperado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se posicionou ao lado de Prates, em defesa do pagamento de remuneração extra aos acionistas, mas os ministros Alexandre Silveira e Rui Costa foram contrários.
Lula participou em março de duas reuniões no Palácio do Planalto com a presença de ministros, diretores e conselheiros da companhia. Ele defendeu que a empresa usasse para investimentos o dinheiro que seria destinado à remuneração extra.
Com a decisão de não pagar, o presidente da Petrobras saiu derrotado. Daí em diante, a crise se agravou entre Silveira e Prates, com o presidente da Petrobras se irritando com as entrevistas do ministro de Minas e Energia criticando sua posição.
No fim de abril, a assembleia de acionistas da Petrobras aprovou a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da estatal. O pagamento de metade do valor recebeu aval de Lula.